Maria, mulher de oração e seguidora fiel do Cristo

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Pouco se sabe a respeito da vida histórica de Maria. Mas, olhando para os evangelhos, percebe-se como cada um dos evangelistas demonstraram como a comunidade a via naquele tempo. Uma mulher carinhosa, dedicada, determinada e fiel ao seguimento do Filho Jesus.

 

A comunidade do evangelista Lucas nos apresenta uma Maria discípula e voltada para Deus. “Maria conservava, cuidadosamente, as palavras e acontecimentos em seu coração” (Lc 2,19.51). Lucas faz um relato de como ela ficou surpresa e contente, como toda jovem mãe. Quantas coisas não devem ter passado pelos pensamentos dela sobre aqueles acontecimentos, sobre as dificuldades para criar e educar seu filho.  Assim, não lhe faltavam coisas para pensar, meditar e descobrir o sentido.

 

Maria inspira-nos  em nossa vida de oração, na escuta da Palavra do Senhor e na meditação dos acontecimentos da vida. E o  seu silêncio fala, é eloquente e fecundo

No relato do versículo 51 temos o comportamento de Maria depois de ter vivenciado a experiência da perda do Filho que, já com seus doze anos fica esquecido no Templo, conversando com os doutores. Maria, ao sentir sua falta, o procura. Não o encontrando em meio às caravanas, retorna a Jerusalém e se depara com ele no Templo. Embora ficasse e mocionada ao vê-lo,  o repreende: “Meu filho, por que você fez isso conosco? Ficamos preocupados e o procurávamos. Jesus responde a seus pais dizendo uma frase que eles não compreendem: “Vocês não sabiam que devo estar na casa do meu Pai?” . As palavras ditas por Jesus, mesmo sem compreendê-las, Maria as guarda no coração. Pensa, reflete, medita, procura o sentido. Maria conserva a lembrança dos fatos.

 

A expressão “guardar no coração” lembra o silêncio diante das coisas que fogem ao nosso entendimento. Lembra também a oração, a meditação, a contemplação e a entrega nas mãos de Deus de tudo aquilo que está fora do nosso alcance ou de nossa compreensão.

 

No caminhar de sua vida e acompanhando Jesus que crescia em Graça e sabedoria, Maria observava a Palavras de Deus e a punha em prática. Maria era toda voltada para seu Filho, seguindo-o sempre em sua vida pública, até a cruz. Ela nos ensina a total doação a Cristo e o seu seguimento constante. Inspira-nos, assim, em nossa vida de oração, na escuta da Palavra do Senhor e na meditação dos acontecimentos da vida. E o seu silêncio fala, é eloquente e fecundo.

 

Precisamos aprender com Maria. Ela nos ensina com esses gestos a meditar sobre cada fato de nossa história pessoal, construída no dia a dia, entregando-os a Deus na confiança de que ele nos dará o entendimento e nos conduzirá da melhor maneira, na solução dos problemas.

 

Vamos exercitar o silêncio, como Maria, e guardar em nosso coração os acontecimentos em nossa vida.

 

Neuza Silveira de Souza
Coordenadora da Comissão Arquidiocesana Bíblicocatequética de BH

 

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