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Jornada Vocacional: “É a força de Deus que nos faz continuar”, afirma a missionária Priscila Cirino Teixeira

O chamado de Deus pode vir de qualquer lugar ou circunstância. Esta é uma das lições que podem ser aprendidas com a história do despertar da vocação de uma jovem, em plena vida acadêmica, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quando cursava Comunicação Social. “Fui sentindo que estava sendo atraída. Resisti muito, por mais de um ano, mas aos poucos Jesus ganhou”, explica a missionária consagrada Priscila Cirino Teixeira. Nesta semana em que a Igreja se dedica à vocação da vida religiosa consagrada, a missionária, em entrevista, narra um pouco da sua trajetória, que a levou à Fraternidade Missionária Verbum Dei.

Priscila em encontro com os integrantes da Fraternidade Missionária Verbum Dei (foto tirada antes da pandemia da Covid-19)

A missionária consagrada Priscila Cirino Teixeira, de 43 anos, viveu o seu despertar vocacional para a vida religiosa consagrada há 21 anos. Ela estudava  Comunicação Social na UFMG, quando conheceu as irmãs da Fraternidade Missionária Verbum Dei. “Comecei a participar dos grupos de oração e das atividades que as irmãs realizavam no Campus. Depois de um tempo, percebi que os melhores momentos da minha vida eram relacionados à missão”, destaca.

Priscila conta que aos poucos foi se envolvendo e, no caminho da oração, amadureceu a sua decisão. “Resisti muito, por mais de um ano, mas aos poucos Jesus ganhou”, diz. A decisão de se tornar parte de uma comunidade de evangelizadores consagrados não foi compreendida pela família. Porém, ao concluir o curso de Comunicação Social, Priscila iniciou a sua caminhada na  Fraternidade Missionária Verbum Dei. “Fazia estágio na TV Globo e já tinha uma vida profissional trilhada”, recorda.

Em uma família de quatro irmãos, Priscila era a única mulher. Seus pais esperavam que pudesse construir uma trajetória profissional, talvez se casar e ter filhos. Mas a vida consagrada era a sua vocação. Seu pai somente aceitou a decisão quando Priscila fez os votos perpétuos. A mãe começou a apoiá-la antes, mas dizia sentir a sua falta. “Minha mãe, que não frequentava a Igreja, depois do meu despertar vocacional, começou a participar da Fraternidade Missionária Verbum Dei, como leiga, até o falecimento”, explicou.

Em relação aos desafios enfrentados na vida religiosa consagrada, a missionária destaca os vivenciados em outros países, onde esteve em missão. Ela evangelizou na Argentina, Portugal e Espanha. “É preciso se adaptar às mudanças, respeitando a cultura de cada localidade, para poder evangelizar”, diz. Além disso, Priscila ressalta que muitos não compreendem o chamado para a vida consagrada. “Principalmente nos primeiros anos, a visão da sociedade – dos amigos e da família -, nos abala. Isso exige o amadurecimento no chamado. Os anos de perseverança são a confirmação do chamado. É a força de Deus que nos faz continuar. E tudo vale a pena por Ele”, ressalta.

Das alegrias que vivencia na vida missionária, Priscila destaca que gosta de ver as pessoas crescendo na fé. “Alegra-me quando assisto às pessoas, as quais dediquei meu tempo como missionária, crescendo na fé, tornando-se cristãos capazes de também evangelizar e com potencial de influenciar as suas comunidades”, afirma.

Para aqueles que também sentem o chamado de Deus e querem se dedicar à vida religiosa consagrada, Priscila aconselha a conversar com alguém que já esteja no caminho da vida consagrada. “É importante compreender todos os sentimentos que a pessoa está vivenciando. Outro valioso caminho é o da oração constante, estabelecendo um contato pessoal com Jesus”, ensina.   



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