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Igreja celebra 24 horas para o Senhor – dias 9 e 10 março

Em sua mensagem para a Quaresma, o Papa Francisco faz um convite muito especial à Igreja no mundo inteiro: que celebre as 24 horas para o Senhor, entre os dias 9 e 10 de março de 2018: “Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar”.

A iniciativa “24 horas para o Senhor” convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de Adoração Eucarística, nos dias 9 e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130,4: “Em Ti, encontramos o perdão”. Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.

Programação nas Paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte:

– Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu
Endereço: Rua Macaé, 629 – Bairro da Graça
Informações: 2526-4164

10 de março, às 9h e 17h, e dia 11 de março, às 7h,9h,11h,18 e 20h, no Santuário, e às 9h  na Comunidade Santa Rosa de Lima – Confissões.
17 de março, às 9h e 17h, dia 18 de março, às 7h,9h,11h,18h e 20h e às 9h  na Comunidade Santa Rosa de Lima – Confissões.

– Santuário São Paulo da Cruz
Endereço: Praça Domingos Gatti, s/nº – Bairro Barreiro de Baixo
Informações: 33841794

9 de março: Meditação do Relógio da Paixão, Exposição do Santíssimo e Missa às 12h, 15h e 19h
10 de março: Caminhada Penitencial às 6h

– Paróquia Santa Clara e São Francisco
Endereço: Rua Senador Levindo Coelho, 190 – Bairro Independência
Informações: 3387-9692

De 20h do dia 9 de março até 20h do dia 10 de março – Adoração Eucarística com exposição do Santíssimo Sacramento
10 de março – 20h – Missa

– Paróquia São Gabriel 
Endereço: Rua Theodoro Bonfim, 85 – Bairro Taquaril
Informações: 3483-4034 / 3482-0180

9 de março: Igreja São Gabriel – Missa Penitencial às 5h
Comunidade Rosa Mística – confissão às 19h, Missa às 20h e confissão até o último penitente
10 de março: Comunidade Sagrada Família – confissão às 18h, Missa às 18h30 e confissão até o último penitente

– Paróquia São Jorge 
Endereço: Rua Corcovado, 425 – Bairro Jardim América
Informações: 3373-8498

9 de março: Missa Penitencial às 5h30, Confissão individual às 18h e Missa às 19h
10 de março: Missa às 18h

– Paróquia Coração Eucarístico de Jesus
Endereço: Rua Dom Joaquim Silvério, 210 – Bairro Coração Eucarístico
Informações: 3375-8181 / 3413-2865

13 de março, de 20h até o último penitente, confissão individual em preparação para a Páscoa

– Paróquia Santo Antônio (Venda Nova)
Endereço: Rua da Matriz, 27 – Venda Nova
Informações: 
3457-4684 
8 de março – mutirão de confissões a partir das 16h para os idosos e a partir das 19h para o público em geral

– Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Contagem)
Endereço: Praça Nossa Senhora da Conceição, 150 – Bairro Novo Eldorado
Informações: 3351-2638

De 8h do dia 9 de março até as 8h do 10 de março – Adoração ao Santíssimo Sacramento

– Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Betim)
Endereço:  Rua Pouso Alto, 329 – Betim
Informações: 3532-4133
9 de março – Adoração ao Santíssimo Sacramento e Atendimento para Confissões, das 9h às 21h.
Meditação sobre as dores de Nossa Senhora, às 19h

– Paróquia São Sebastião (Brumadinho)
Endereço: Av. Barão do Rio Branco, 165 – Centro
Informações: 3571-1437
 
9 de março – Missa às 6h na Igreja Matriz, orações e bênçãos do Santíssimo Sacramento até às 6h do dia 10 de março.


Paróquias que estarão abertas ao público em horário estendido:

– Paróquia São José – Aranha (Brumadinho)
– Paróquia São Gonçalo (Belo Vale)
– Paróquia de Nossa senhora da Piedade (Piedade dos Gerais)
– Paróquia de São Caetano 
(Moeda)

 

 

 

 

 

Mensagem do Papa para a Quaresma de 2018:

Amados irmãos e irmãs!

Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão», que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.

Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (24, 12).

Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos midiáticos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho.

Os falsos profetas

Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assumem os falsos profetas?

Uns assemelham-se a «encantadores de serpentes», ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encendiados pelas adulações de um prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!

Outros falsos profetas são aqueles «charlatães» que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demónio, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.

Um coração frio

Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo;[2] habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?

O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, «raiz de todos os males» (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n’Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos.[3] Tudo isto se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados uma ameaça para as nossas «certezas»: o bebê, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expectativas.

A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte.

E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação apostólica Evangelii Gaudium procurei descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário.[4]

Que fazer?

Se porventura detetamos, no nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de descrever, saibamos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.

Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida.

A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade de Jerusalém: «Isto é o que vos convém» (2 Cor 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade.

Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.

Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da Igreja Católica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos!

O fogo da Páscoa

Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.

Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa «24 horas para o Senhor», que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9 e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando -se nestas palavras do Salmo 130: «Em Ti, encontramos o perdão» (v. 4). Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.

Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do «lume novo», pouco a pouco expulsará a escuridão e iluminará a assembleia litúrgica. «A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito», para que todos possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.

Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.



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