Centenas de pessoas se reuniram no Salão da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem para participar do Fórum Social Arquidiocesano, que teve como tema “Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”.
Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão para Acompanhamento da Reforma Política da CNBB conversou com os participantes, que também organizaram debates em grupo e puderam compartilhar dúvidas e opiniões. Também participaram do Fórum, realizado no dia 10 de maio, o bispo auxiliar dom Luís Gonzaga, o Vigário Episcopal para a Ação Social e Política, padre Chico Pimenta e o Vigário Episcopal para a Ação Pastoral, padre Áureo Freitas.
Dom Mol iniciou lembrando que a Assembleia dos Bispos, encerrada nesta semana, discutiu com intensidade o tema da Reforma Política. A CNBB inclusive divulgou a mensagem “Pensando o Brasil”, por ocasião das eleições 2014, clique aqui para ler a mensagem.
O bispo também citou o Papa Francisco, por meio da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium “Ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional”. Segundo dom Mol, a fé autentica não pode ficar restrita às Igrejas, ela deve interagir com a sociedade e deve ter o desejo de mudar para melhor o mundo. “A Reforma Política é um assunto de interesse de toda a sociedade e cada um de nós pode dar iluminação própria dentro do tema” afirmou o bispo.
Entre as principais propostas do projeto escrito pela Coalizão, estão: a proibição de doações de recursos financeiros de empresas para campanhas eleitorais; a mudança no sistema de votação, sendo feito em dois turnos, no qual, no primeiro, o eleitor votaria em um programa, em ideias e, no segundo turno, escolheria as pessoas que irão colocar em prática o projeto; a equiparação entre o número de homens e mulheres no meio político, sendo que, para cada candidato homem, teria uma mulher; e a regulamentação do artigo 14 da Constituição de 1988, que trata dos instrumentos de participação popular.
A Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, que conta com a participação de dom Mol, é uma iniciativa da CNBB e apoio de cerca de cem entidades da sociedade civil. Já foi entregue à Câmara dos Deputados a proposta de lei e o manifesto em prol do fortalecimento dos mecanismos de democracia direta. Agora, o projeto de reforma política deve ser proposto como uma lei de iniciativa popular. Por isso, a coalizão tem o objetivo de colher mais de 1,5 milhão de assinaturas, para que o texto seja recebido pelo Congresso Nacional. Clique aqui para assinar o projeto de lei.
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