O protagonismo do catequista em conduzir a mensagem de Jesus aos corações de crianças, jovens e adultos e fazer com que essas pessoas se sintam acolhidas e amadas foi o principal ponto do curso “Ministério do Catequista”, realizado no sábado, cinco de março, na Cúria da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), em Contagem. A formação foi assessorada por padre Humberto Robson, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, de São Paulo. Quase 200 catequistas participaram da formação.
Padre Humberto apresentou os aspectos históricos da catequese na Igreja Católica, à partir do Concílio Vaticano II e alertou os para o risco em utilizar demasiadamente aspectos didáticos na evangelização, deixando de lado o principal, que é a mensagem do Evangelho. “Não precisamos ser pedagogos, embora usemos dos recursos da Pedagogia. Na catequese devemos ser ‘mistagogos’, ou seja, aquele que pega pela mão e leva o outo ao encontro com Jesus”, explicou.
Fazendo comparação com sua vivência catequética, padre Humberto refletiu o motivo pelo qual muitas crianças e jovens deixam a Igreja após a catequese. “Isso acontece porque há muitos anos reproduzimos em nossa catequese a sala de aula. Se um aluno regular jamais volta à escola após sua formatura querendo passar novamente pelo que aprendeu, assim também acontece nas paróquias quando a evangelização é igual ao que se vive no colégio. A catequese deve fazer o outro encontrar Jesus e nossa missão é evangelizar, fazer a Palavra de Deus resplandecer e ecoar”, disse o formador.
Para o coordenador da catequese na Rensa, Ricardo Diniz, a forma com que padre Humberto falou de aspectos importantes na pastoral foi positiva. “Muitos gostaram do jeito alegre e espontâneo do padre e de vê-lo apaixonado pela catequese”. Ele também apontou partes relevantes da palestra. “Um ponto forte do curso foi quando padre Humberto falou do fim de uma catequese escolar para uma que leve o catequizando a ter um encontro pessoal com Jesus Cristo”, lembrou.
Catequistas aprovaram formação
Luiz Henrique de Jesus, da Paróquia São Sebastião e Santa Edwiges, no bairro Minas Caixa, em Belo Horizonte (Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição- Rensc) saiu do curso com ideia de adotar as novidades em sua comunidade de fé. “Hoje aprendi muitas coisas novas. Vamos começar a quebrar esse paradigma de usar a pedagogia na catequese”, certificou Luiz, que participou da palestra acompanhado de outros 36 catequistas de sua paróquia.
Pela primeira vez em uma formação na Cúria da Rensa, a catequista Elaine Cristina promete voltar em outros cursos. “Tudo que eu pedi a Deus como direcionamento foi confirmado neste curso. Quero vir mais vezes nas formações aqui na Rensa.”, disse. Elaine é da paróquia Maria, Mãe dos Pobres participou junto com mais 19 catequistas de sua comunidade.