Dom José Maria Pires concede entrevista a Tânia Dias Jordão, do Observatório da Evangelização-PUC Minas |
O cristianismo nasce em diálogo com diferentes contextos, culturas e religiões. É Movido pela busca de anunciar e testemunhar a todos a alegria contagiante fundada na experiência da presença de Deus, tal como Jesus a vivenciou e concretizou em palavras e ações. Para o Mestre de Nazaré, Deus é Pai amoroso universal e tem um projeto de salvação, o seu Reino. Experiência da graça de Deus que transforma pela acolhida e prática do amor fraternal, fecundado na justiça e na misericórdia que gera vida em plenitude para todas as pessoas, para toda a Criação.
E por que o Cristianismo nasce aberto assim? Porque Jesus de Nazaré foi assim. Abriu-se ao apelo da mulher siro-fenícia, acolheu o pedido do centurião romano, conversou com os gregos, buscou o diálogo com a Samaritana… Jesus sempre foi extremamente aberto às diferentes culturas e realidades, com um único desejo: que experimentássemos o amor gratuito e universal de Deus e nos amássemos de verdade.
Portanto, evangelizar é isto: anunciar e testemunhar, mais do que com palavras, a prática da justiça e da misericórdia divina, mas também reconhecer e valorizar os sinais da presença dessa Boa Nova do Reino que, por graça de Deus, já está atuante no meio de todos os povos, culturas e religiões.
Se o mundo fosse evangelizado, certamente, não haveria fome, injustiça, intolerância, violência, guerras… Não haveria a destruição da natureza que presenciamos. Mas pequeninas sementes brotam aqui e ali para que o Projeto de Deus aconteça. Respostas criativas e significativas de evangelização vão sendo dadas fazendo germinar o novo em diferentes realidades.
Tudo o que concerne à Vida, interessa de perto ao Observatório da Evangelização, porque Jesus é o Senhor da Vida e é a Ele que devemos anunciar |
Ao Observatório da Evangelização compete verificar quais são os apelos lançados pela nossa realidade, que respostas estão sendo dadas e qual o seu valor para a transformação dessa mesma realidade, na perspectiva da fé. Isto é, até que ponto e de que maneira a Boa Nova do Reino de Deus ocorre entre nós, agora.
Na trilha de Jesus de Nazaré, o Observatório da Evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte se interessa por tudo o que diz respeito à vida, sobretudo à vida mais ameaçada. Interessa-se por aquilo que pode trazer alento ao Povo de Deus, como as diretrizes que vêm ajudar à caminhada da Igreja; o que faz crescer a fé, a esperança e a caridade e ainda o que é necessário apontar, profeticamente, para a conversão em vistas de um mundo novo e fraterno, em que vigore a justiça e a paz. Por isso, pode-se encontrar, nas mídias do Observatório, desde referências a Documentos da Igreja e pronunciamentos do Papa Francisco até reflexões sobre a Reforma Política; de questões relativas à catequese até interpelações acerca do desrespeito à dignidade dos Povos Indígenas; de reflexões sobre a consciência crítica a vídeos, canções e poemas e muito, muito mais… Tudo o que concerne à Vida, interessa de perto ao Observatório da Evangelização, porque Jesus é o Senhor da Vida e é a Ele que devemos anunciar.
Nesse âmbito, buscamos também traçar um percurso histórico da caminhada da Igreja e tivemos a alegria de entrevistar Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, residente aqui, na capital mineira. Dentre as muitas matérias trabalhadas por nós, escolhemos essa entrevista como destaque deste primeiro ano do Observatório da Evangelização, que é também tempo de celebrar os cinquenta anos do término do Concílio Ecumênico Vaticano II. Dom José Maria, um dos padres conciliares, foi entrevistado por nós em março deste ano. Rememora, então, os momentos mais fortes de sua experiência no Vaticano II (vídeo I); lembra que a Igreja é Povo a caminho e dessa concepção de Igreja é que deve nascer todas as relações em seu interior (vídeo II); do alto de seus 97 anos, faz brilhante avaliação da caminhada da Igreja do Brasil no pós-concílio, dentro da qual exalta a figura de seu amigo Dom Hélder Câmara (vídeo III); analisa a conjuntura eclesial brasileira no pós-concílio (vídeo IV); e, enfim, apresenta a simplicidade do Projeto de Deus para toda a humanidade (vídeo V). Clique, aqui, para assistir aos vídeos.
Nossa imensa gratidão a esse pastor tão do jeito de Jesus: simples, próximo, acolhedor, coerente, amante do povo. Nossa gratidão sem fim a todos os que nos inspiram, animam e compartilham conosco suas experiências e seus desafios na luta por fazer vida àquilo que Jesus sonhou. Nossa terna e eterna gratidão à Trindade Santa, Bênção, Caminho e Inspiração em cada um dos dias deste ano que hoje celebramos. Por tudo, mil vezes: nosso mais profundo “Obrigado”!
Equipe do Observatório da Evangelização.
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