Famílias que acolhem crianças e adolescentes e pessoas interessadas em conhecer o serviço Famílias Acolhedoras, participaram na tarde deste sábado, dia 23, de um café especial. Uma iniciativa do Vicariato Episcopal para Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte e da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Pastoral do Menor e da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (SMAAS).
Durante o evento, também foi feita a inscrição para a triagem do Serviço. E, as famílias que já acolhem, puderam se conhecer e falar sobre suas experiências.
A Compahia de Arte e Mobilização da SMAAS apresentou a peça Um Lugar no Coração, que chama a atenção para a importância social e a alegria de viver todo o processo de acolhimento de crianças e adolescentes. A peça, que tem uma linguagem lúdica e humorada, informa sobre o serviço e o perfil das famílias que pretendem acolher.
O Vigário Episcopal para a Ação Social e Política, padre Ademir Ragazzi, disse que é motivo de muito orgulho para a Arquidiocese de Belo Horizonte promover este projeto. “Nosso desejo é que cada vez mais as pessoas abram seus braços para acolher”.
Marcelo Alves Mourão, Secretário Municipal Adjunto de Assistência Social, ressaltou que nos abrigos, a Prefeitura de Belo Horizonte procura dar o atendimento mais próximo de um lar, mas que ser acolhido por uma família faz toda a diferença para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. “O principal ato de amor é preparar a criança para o retorno à sua família de origem”.
A aposentada Lourdes da Conceição Lopes, disse que foi pela Rádio América (AM 750) que ficou sabendo sobre o serviço Famílias Acolhedoras. Ela, que já tem seis netos, hoje acolhe o Fábio, uma criança com necessidades especiais que está com quase dois anos. “Eu e minha família amamos o Fábio desde o princípio. Deus nos deu a oportunidade de ajudar e somos felizes por poder cuidar dele enquanto ele precisar . Ele ainda não anda, nem fala, mas é inteligente, alegre e aprende coisas a cada dia”.
Maria do Carmo, que já está no oitavo acolhimento, hoje cuida de um casal de gêmeos de quase três anos. “É assustadoramente simples acolher alguém. Não precisa muito. Basta agir com amor e ter o coração aberto para receber e depois deixar ir. Vocês verão que o retorno é enorme, muito gratificante”.
Para Silvana, que está no segundo acolhimento, em casa sempre cabe mais um. “Amo a criança que está na minha casa, independente dela ficar ou ir embora”.
Já Aparecida, diz que a sensação de ajudar faz bem para o coração. “Eu recomendo. Venha viver esta experiência de amor e aprendizagem”.
– Leia aqui o artigo do arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo sobre o serviço Famílias Acolhedoras.
O serviço Famílias Acolhedoras promove o acolhimento temporário em lares de famílias voluntárias, prevendo o acompanhamento e cuidados integrais à criança e ao adolescente afastado de sua família de origem, até que os mesmos possam voltar para casa ou serem encaminhados para adoção. O serviço representa um importante avanço no que se refere à garantia de direitos da criança e do adolescente assim como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pois possibilita o direito à convivência familiar, fator relevante para a formação social do indivíduo.
Mais informações sobre o serviço no Vicariato Episcopal para Ação Social e Política pelos telefones: (31) 3423-8618 / 3463-8083 / 3277-4511, e-mail familiaacolhedorabh@yahoo.com.br ou pessoalmente, na Rua Além Paraíba, 208 – bairro Lagoinha.