O primeiro dia de debates do 14º Encontro Nacional dos Presbíteros que está sendo realizado no Santuário Nacional de Aparecida (SP) foi marcado por uma reflexão sobre a identidade dos padres. A apresentação do texto do padre João Batista Libânio foi feita pelo padre Manoel Godoy, no período da manhã.
A temática da discussão foi a distinção entre identidade presbiteral e a identidade do presbítero, proposta pelo padre Jésus Benedito. Na avaliação do padre Libânio, não se trata de um mero jogo de palavras. Enquanto a primeira refere-se à representação social, a segunda é gestada ao longo do ministério. Tal distinção, de acordo com padre Manoel, nasce do confronto da história da identidade do “eu” real com esta identidade presbiteral, em busca de uma identidade pessoal, situada no histórico da vida, narrada para si e para os outros.
“Na identidade do presbítero, ganham importância a subjetividade, a realização pessoal, a felicidade, a clareza do projeto de vida pessoal. Assume-se pessoalmente a identidade presbiteral, que passa a ser a identidade do presbítero, dentro do seu histórico existencial. Infelizmente, há muitos irmãos nossos, que não conseguem fazer a síntese destas duas identidades”, afirmou padre Libânio, em texto lido por Godoy.
Reflexão
Foram apresentadas duas questões discutidas pelos participantes no período da tarde. O objetivo era ajudar os sacerdotes a perceber a importância do equilíbrio da identidade presbiteral, e a forma correta de encontrar tal equilíbrio. Ao final, os grupos apresentaram o resultado de sua reflexão.
À noite, está previsto o lançamento do livro Sofrimento psíquico dos presbíteros – do Institucional, de autoria do professor William César Castilho, assessor da CNBB e na CRB e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. As discussões prosseguem na sexta-feira, com a colaboração também do padre Jésus Benedito dos Santos.