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Encontrar Jesus no Evangelho de João (3)

Jesus, Fonte de Água Viva

No nosso encontro anterior, tratamos da metáfora do vinho. Hoje, abordaremos o sinal da água.
É importantes preparar o ambiente colocando, além da Bíblia, diversas gravuras ligadas à água. Providenciar uma jarra bonita cheia d’água potável e copos na quantidade dos participantes. Também podemos colocar alguns ramos secos e gravuras de solo ressequido.

Observemos as gravuras e os símbolos. O que nos dizem? O que sentimos? De qual experiência nos lembramos?

A água no Primeiro Testamento.
O Antigo Testamento fala muito sobre a água. O povo sentia demais a sua necessidade. A terra era seca e quase não dava fruto, assim como nosso povo do Nordeste, que passa meses sem chuva! Por isto, encontramos muitos textos sobre a falta de água.

Vamos ouvir a leitura do livro do Êxodo, 17,3-7.
Porque o povo estava torturado pela sede, murmurou contra Moisés: “por que nos fizestes sair do Egito? Foi para nos matar de sede, a nós e a nossos filhos e a nossos animais?”
 

Moisés clamou ao Senhor: “Que farei a este povo, pois, pouco falta para me apedrejar.”

O Senhor respondeu a Moisés: “Caminha diante do povo, em companhia de alguns anciãos de Israel, leva contigo a vara com que feriste o rio, e vai. Eu irei à tua frente, e lá estarei sobre o rochedo em Horeb. Baterás na pedra, a água brotará e o povo poderá beber…”.

Encontramos um outro trecho bonito em Isaías 41, 17-18.
“Os miseráveis e os pobres buscam a água, e não há!
A sua língua secou com a sede. Eu, o Senhor, os atenderei. Eu, Deus de Israel, não os desampararei. Farei brotar rios nos montes nus e fontes no meio dos vales. Transformarei o deserto em lagoa e a terra árida em fontes.”

O Profeta Amós (8,11) diz:
 “Dias hão de vir – oráculo do Senhor – quando hei de mandar à terra uma fome que não será fome de pão nem sede de água, e sim de ouvir a Palavra do Senhor”.

Observando estas três leituras, notam diferença no sentido da sede e da água? Vamos comentar.

Depois, podemos cantar:
Sobre a terra sede e fome eu mandarei,
não de pão, nem de água, mas de ouvir a Palavra de Deus.
Andarão de um mar a outro procurando,
no desejo ardente de encontrar a Palavra de Deus.

A água no Evangelho de João

João usa o simbolismo da água para falar da nossa sede de Deus e de Jesus que sacia nossa sede.
Muito conhecido é o texto 4,5-14 sobre a mulher samaritana, que pode ser lido depois.
Mas, hoje, vamos ver mais de perto Jo 5,1-9a.
Houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, existe em Jerusalém, perto da Porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Bezata em hebraico. Muitos doentes, cegos, coxos e paralíticos ficavam ali deitados. Encontrava-se ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Jesus o viu ali deitado e, sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: “queres ficar curado?” O enfermo respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água se movimenta. Quando estou chegando, outro entra na minha frente. Jesus lhe disse: “Levanta-te, pega a tua maca e anda”. No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua maca e começou a andar.

Observem nesta leitura: o homem se curou sem ter entrado na água. João quer dizer: Jesus é a Água que cura.

Outro texto de João (7, 37-39a) fala sobre a água que Jesus dá:
No último e mais importante dia da festa, Jesus, de pé, exclamou:
“Se alguém tem sede vem a mim, e beba quem crê em mim”, conforme diz a Escritura: “Do seu interior, correrão rios de água viva”.
Ele disse isso falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele.

Pergunta: O que chamou mais sua atenção nas duas leituras de João?

Vamos cantar:

Eu te peço desta água que tu tens, és água viva, meu Senhor.
Tenho sede e tenho fome de amor, e acredito nesta fonte de onde vens.
Vem de Deus, está em Deus, também é Deus, e Deus contigo faz um só.
Eu, porém, que vim da terra e volto ao pó, quero viver eternamente ao lado seu.
És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez.
Me fazes renascer, me fazes reviver.
Eu quero água desta fonte de onde vens.

(É o momento de todos beberem da água que está na jarra)

Para refletir

1. Sentimos sede de Deus? Jesus sacia esta sede? Como?
2. Nós somos rios que levam a “Água da Fonte” aos nossos irmãos? Como?

Preces espontâneas

Canto final:      A minh’alma tem sede de Deus, pelo Deus vivo anseia com ardor.
Quando irei ao encontro de Deus e verei tua face, Senhor?

 

Inês Broshuis
Comissão Arquidiocesana de Catequese de belo Horizonte. 



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