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Domingo da Divina Misericórdia – Síntese Litúrgica

Domingo da Divina Misericórdia
 

Cor: Branca – 2º Domingo da Páscoa -07/04/2013
Textos Bíblicos – At 5,12-16 //  Sl 117,2-4.22-24.25-27a(R.1)
//  Jo 1,9-11a.12-13.17-19 // Jo 20,19-31

 

A liturgia deste domingo põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado.

 

O Evangelho sublinha a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é  em torno dele que a comunidade se estrutura e dele recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade – na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho – que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

 

Na primeira parte do texto (Jo 20,19-23), descreve-se uma aparição de Jesus aos discípulos. Depois de sugerir a situação de insegurança e fragilidade que dominava seus seguidores, o autor apresenta Senhor no centro da comunidade. Ao aparecer no meio deles, Jesus assume-se como ponto de referência, fator de unidade, a videira à volta da qual se enxertam os ramos.

 

A comunidade está reunida à volta dele, pois Ele é o centro onde todos vão beber a vida. A esta comunidade fechada, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil, Jesus transmite duplamente a paz (vers. 19 e 21: é o shalom hebraico, no sentido de harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança). Assegura-se, assim, aos discípulos que Jesus venceu aquilo que os assustava: a morte, a opressão, a hostilidade do mundo.

 

É no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.

Na segunda parte (Jo 20,24-29), João afirma a possibilidade da experiência da fé em Jesus vivo e ressuscitado na comunidade dos crentes, que é o lugar natural onde se manifesta e irradia o amor de Jesus. Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios e que não faz caso do testemunho da comunidade, nem percebem os sinais de vida nova que nela se manifestam. Em lugar de se integrar e participar da mesma experiência, ele pretende obter uma demonstração particular de Deus.

 

Tomé acaba, no entanto, por fazer a experiência de Cristo vivo no interior da comunidade. No “dia do Senhor”, o discípulo volta a estar com ela. É uma alusão clara ao domingo em que todos são convocados  a celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.

 

A segunda leitura insiste no motivo da centralidade de Jesus como referência fundamental da comunidade cristã: apresenta-o a caminhar lado a lado com a sua Igreja ao longo da história. Sugere que só em Cristo  a comunidade encontra a força para seguir e para vencer  tudo o que  se opõem à vida nova em Deus.

 

A primeira leitura destaca que os cristãos continuam no mundo a missão salvadora e libertadora de Jesus. E quando são capazes de o fazer, em comunidade, dão  testemunho deste Cristo vivo que continua a apresentar uma proposta de redenção para os homens.

 

Assim, a comunidade cristã tem de ser, fundamentalmente, testemunha de Cristo ressuscitado. Uma família de irmãos unidos pelos mesmos sentimentos, solidários uns com os outros, capazes de partilhar e, deste modo,  anunciar o  mundo novo que Jesus propôs.



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