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Dom Walmor avalia visita à Roraima, onde conheceu de perto a realidade dos migrantes da região

Termina nesta quinta-feira, 12 de março, a visita missionária de dom Walmor à diocese de Roraima (RR) e à divisa com a Venezuela para conhecer a realidade dos migrantes do país vizinho, o trabalho que a Igreja e o Governo brasileiros estão realizando no estado.

O Arcebispo, em coletiva de imprensa hoje, 12 de março, disse que a avaliação da visita é muito positiva porque permitiu ver de perto o sofrimento e dor e tudo que tem sido feito de bom pela Igreja, segmentos da sociedade, Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro. “Esta visita mostrou para nós que diante da dor e do sofrimento, é preciso que nos abramos e compreendamos de fato o problema para dar novas respostas”, disse.

Eu sempre procurei apoiar e acompanhar inclusive com a acolhida, na arquidiocese de Belo Horizonte, de famílias e pessoas vindas da Venezuela. Porém vir aqui, ver, ouvir, partilhar e escutar é uma experiência única que toca profundamente o coração”, disse. Ver tanta gente fora de sua casa, do seu lugar e das suas raízes culturais e religiosas foi uma das imagens que mais tocou o arcebispo, em particular as crianças. “Não tem como ver as crianças nesta situação sem que uma lágrima brote nos olhos”, disse.

Depois de quatro dias de visitas a postos de identificação e triagem dos venezuelanos, a abrigos, ocupações e à fronteira, dom Walmor enalteceu o trabalho que organizações da sociedade civil, o exército brasileiro e a Igreja no Brasil, por meio da diocese de Roraima e seus organismos como a Cáritas e Pastorais da Criança e dos Migrantes, vem desenvolvendo. Segundo ele, um bonito trabalho.

Dom Walmor reforçou que esta visita pastoral o ajudou a compreender que é necessário percorrer um longo caminho buscando aprender, do Evangelho, o que significa a solidariedade num mundo desumano. Na avaliação do arcebispo, as ideologias políticas, interesses partidários e o apego financeiro levam o mundo a ser muito injusto, desigual e excludente.

Pela força de nosso seguimento a Jesus Cristo e pelas exigências das necessidades de tantos irmãos e irmãs, somos chamados a percorrer o caminho da solidariedade. Esse é o nosso sonho e é o sonho de Deus. Que Ele nos ajude a aprender esta lição como uma oportunidade de fazermos um mundo melhor”, disse.

Só a solidariedade, baseada no Evangelho, segundo o presidente da CNBB, vai construir uma nova lógica para o mundo. “E não há outro caminho. O mundo não vai mudar por mudanças econômicas. O que vai mudar o mundo é a solidariedade numa dinâmica nova, de podermos viver a partir de uma nova lógica que é a lógica da partilha e do respeito à dignidade de toda pessoa humana”, afirmou.  Dom Walmor manifestou sua profunda gratidão a Deus e a todos que proporcionaram esta oportunidade de vivenciar esse caminho de conversão, neste tempo quaresmal, proporcionado pela visita à Roraima.



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