O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão pela Reforma Política da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joaquim Mol, falou nesta quarta-feira, dia 4 de janeiro, aos bispos do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) sobre a coleta de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular pela reforma política e eleições limpas.
“O assunto da reforma política se reveste de uma gravidade temporal muito forte”, disse dom Mol. O Consep discutiu diferentes formas para intensificar a coleta e divulgar a iniciativa nas dioceses e regionais da CNBB.
Entre as principais mudanças propostas pelo projeto de lei de iniciativa popular estão: a proibição do financiamento privado e a instauração do financiamento democrático de campanha eleitoral; adoção do sistema eleitoral do voto dado em listas pré-ordenadas, democraticamente formadas pelos partidos, e submetidas a dois turnos de votação; regulamentação dos instrumentos da democracia participativa, previstos na Constituição; criação de instrumentos eficazes voltados aos segmentos sub-representados da população, como os afrodescendentes e indígenas.
Pastoral da Cultura
Outro assunto apresentado por dom Joaquim Mol, que também é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da (CNBB), referiu-se à Pastoral da Cultura. “Em diversos lugares, conseguimos avançar na proposta da Pastoral da Cultura, com lideranças e equipes que estão se formando”, acrescentou dom Mol. Para o bispo, a cultura é um dos principais caminhos de diálogo entre Igreja e sociedade. Dom Mol lembrou eventos importantes para a Pastoral como a realização do Fórum Nacional de Cultura, que ocorrerá em outubro próximo na diocese de Tabatinga. “Será um grande marco na Pastoral da Cultura no Brasil”, expressou.