Na última segunda-feira, 12 de novembro, dezenas de alunos, religiosos e leigos da Igreja, pastoralistas, professores, padres, seminaristas, funcionários, coordenadores de Institutos, chefes de departamentos da Universidade e demais interessados participaram do Seminário “Economia de Francisco”, no museu da PUC Minas. Pensando na perspectiva de uma economia para o bem comum, dom Joaquim Mol, reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de BH esteve presente na mesa redonda do Seminário Economia de Francisco. Com ele também participaram da mesa os professores Armindo dos Santos de Sousa Teodósio e Vander Luiz Aguiar, ambos do Instituto de Ciências Econômicas da PUC Minas(ICEG).
O evento promovido pelo Sistema Avançado de Formação ANIMA PUC Minas, em parceria com o ICEG, teve a palavra inicial do padre Aureo Nogueira, coordenador do ANIMA, que apresentou uma possível reflexão: “Será que a economia nos dias atuais é integral?”. A partir desse questionamento, dom Joaquim Mol tomou a palavra e abriu a mesa redonda acolhendo a todos que estavam presentes no auditório, falando sobre o evento que acontecerá em março de 2020 em Assis, na Itália, a pedido do Papa Francisco, com o intuito de reunir jovens economistas do mundo inteiro.
Com alegria dom Joaquim Mol mencionou os três jovens que vão representar a PUC Minas no evento na Itália, junto ao papa Francisco, levando a ideia de projetos para uma economia sustentável, social e solidária e que já se tornou realidade em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Ao iniciar sua breve apresentação, dom Mol disse: “Me perguntam por aí: qual é a economia que mata? Em determinadas situações as pessoas que questionam isso tem uma dificuldade enorme para a compreensão do diferente, do “pensar” diferente, assim como possuem dificuldade em entender os discursos e iniciativas do Papa Francisco. Na Doutrina Social da Igreja a economia é pensada de maneira integral, com humanismo, lembrando sempre da instância da ética e da moral. O que for contrário a isso se torna sinônimo de uma economia que mata”, destacou.
Na segunda parte do Seminário, após as falas dos convidados da mesa redonda, foi aberto um espaço para os três alunos que vão para Assis, na Itália, representar a PUC Minas no evento Economia de Francisco. Cada um deles falou brevemente sobre seu projeto. Na ocasião também participaram representantes da comunidade indígena Pataxós, situada próximo à cidade de Brumadinho, aldeia que foi fortemente prejudicada pelos rejeitos de minério da empresa Vale, com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão no início deste ano. Os chefes da aldeia fizeram breves depoimentos sobre o desmatamento da região onde moram, além de declararem a difícil inserção social quando há, em uma sociedade capitalista, forte preconceito aos indígenas, desvalorização de suas culturas e artesanatos, frutos de suas rendas.