Mais de dez mil pessoas ocuparam o trecho entre da Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, em Brasília, na quarta-feira, dia 20 de maio, numa grande marcha pela Reforma Política Democrática e Popular no Brasil. Elas representam a grande adesão que se estende por todo o país ao abaixo-assinado pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular que necessita de pelo menos 1,5 milhões de assinaturas para que a Reforma Política seja votada no Congresso Nacional. A iniciativa conta com o apoio de mais de 100 instituições da sociedade, dentre elas a CNBB.
Os representantes dessas entidades escolheram o Dia Nacional de Mobilização Contra a Constitucionalização da Corrupção para a realizarem a marcha e um ato cultural como forma de repudiar outro projeto: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de reforma política, que está tramitando no Parlamento. A principal crítica é que se a emenda constitucional for aprovada, irá oficializar o financiamento de campanhas políticas por empresas.
O ato público realizou-se às vésperas da votação dessa outra proposta de reforma política, em comissão especial da Câmara, contra a qual foram entregues 650 mil assinaturas – favoráveis à reporma popular e democrática – ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, propondo entre outros pontos, o fim do financiamento de campanhas por empresas.
“O financiamento por empresas das campanhas eleitorais é uma das principais origens da corrupção no Brasil”, resumiu dom Joaquim Mol, coordenador da Comissão pela Reforma Política da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma das 113 entidades que integram a Coalizão.
Por outro lado, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Coalizão propõe a extinção do financiamento das campanhas políticas por empresas, exige a paridade de sexo, eleições proporcionais em dois turnos e o aperfeiçoamento de mecanismos de democracia direta.
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