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Dois pilares da Igreja: S. Pedro e S. Paulo

 
Pedro e Paulo, colunas da Igreja nascente, viveram experiências bem diferentes em relação a Jesus Cristo. Encontraram-se, porém, na pregação do mesmo Evangelho e na entrega da vida pelo martírio.
 
As estátuas na Praça de São Pedro, em Roma, recordam-nos sua presença fundamental até hoje. Ninguém poderia imaginar que sobre o túmulo daqueles dois homens do primeiro século, um crucificado, outro degolado, se ergueriam duas Basílicas grandiosas.
 
O Novo Testamento desenha-nos a figura de ambos. Pedro, destemido, generoso no seguimento, mas presunçoso, fracassou na traição. O amor venceu a covardia. As lágrimas o redimiram depois do encontro com o olhar de Jesus (Mt 26, 75).
 
Para Jesus, quando o amor chega, o passado desaparece. Assim foi com Pedro, assim é conosco.
Em termos modernos, Pedro dirigia microempresa de pesca com o irmão e com os sócios João e Tiago. Deixa-a para seguir a Jesus. Fez a troca que Jesus mesmo simbolicamente exprimiu: em vez de pescar peixes, irá pescar humanos para dentro da Igreja de que será, com Cristo, pedra fundamental.
 
Partilhou da vida terrena do andarilho Jesus. Assimilou-lhe o modo de agir para mais tarde vivenciá-lo na vida missionária até Roma. Quem poderia sonhar ver aquele rude pescador chegar à capital do gigantesco Império Romano para aí testemunhar a Cristo, Filho de Deus?
 
Vida maravilhosa. Inspira-nos e anima-nos. A fraqueza se tornou fortaleza pela graça de Deus. A lenda conta que traçou sulcos no rosto com as lágrimas do arrependimento da traição. Fica-nos a lição do amor depois da queda, da coragem depois do medo, da humildade depois da arrogância. 
 
Jesus educou-o na lição da generosidade. Mostrou-lhe as suas duas faces. A gloriosa no Tabor (Mt 17, 1-9) e a humilhante no Horto, onde Pedro misturou o sono com a intrepidez de cortar a orelha ao soldado romano.
 
 A paz e felicidade lhe vinham da identificação com Cristo. Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim, assim o escreve.
Aos três gestos de confissão de amor, Jesus lhe outorga a responsabilidade de confirmar os irmãos na fé, ele, que antes, fracassara. Que lição! Para Jesus, quando o amor chega, o passado desaparece. Assim foi com Pedro, assim é conosco.
 
Paulo, outra coluna da Igreja, não conheceu o Jesus palestinense. Mas vivenciou também o caminho do erro, do mal. Perseguiu os cristãos com fúria arrogante de fariseu. Experimentou, porém, a Jesus envolto em luz e sob o impacto de sua voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9, 4). Converte-se ao identificar na voz e na luz a presença do ressuscitado. Paulo será o mensageiro da ressurreição. A sua evangelização vive da experiência do encontro com Cristo glorioso.
 
Se Cristo não houvesse  ressuscitado, vã seria a nossa fé . Mas somos os mais infelizes dos homens. Ele se sabia feliz no meio das tribulações. A paz e felicidade lhe vinham da identificação com Cristo. Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim, assim o escreve.
 
Eis as duas colunas. Na festa litúrgica, a Igreja reza no prefácio: “Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação”.
 


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