(Autobiografia de S. Inácio de Loyola)
Quantas pessoas começam o caminho do Senhor e se perdem no meio da estrada! O projeto sonhado deu com os burros n’água. Quais as causas, os nós encontrados e não desatados? Inácio de Loyola aprendeu a desatar tudo o que se lhe complicava… Os problemas foram se transformando em oportunidades de crescimento.
Estando em oração começou a recordar seus pecados e , como se estivessem atados num fio, ele ia pensando de pecado em pecado pelo tempo passado, e lhe parecia de novo que estava obrigado a confessá-los outra vez. Mas no fim desses pensamentos lhe vieram uns desgostos da vida que abraçara, com alguns desejos de largá-la. Com isto, quis o Senhor que despertasse como de um sonho. (Autob. 25)
Inácio de Loyola descobriu que na prática há três tipos de pessoas:
Os primeiros, diz ele, não usam os meios necessários para melhorar e desenrolar os percalços da sua vida, e protelam as decisões até o último minuto. Eles são inseguros e egoístas e nunca vão sair do lugar em que se encontram. Não querem desatar os nós encontrados!
Os segundos, aparentemente melhores, dizem que vão melhorar, mas nunca o fazem e se começam, desistem logo. Querem o bem, mas não colocam os meios adequados para realizá-lo. Caminham em zigue-zague e nunca realizam os seus sonhos melhores.
Um terceiro tipo são pessoas que desejam realmente desfazer os nós que elas mesmas fizeram e usam de todos os meios possíveis para realizá-lo. Essas são generosas e constroem positivamente a vida. São pró-ativas.
O fio da nossa vida deve ser sempre o amor. O possível “entulho” acumulado pode se transformar, por graça, no melhor pedagogo espiritual, pois ele provavelmente nos faz desejar uma vida mais cristã e coerente.
As dificuldades encontradas me fizeram melhor cristão!
Para refletir:
Como você desata os “nós” da sua vida?
Ramón de la Cigoña, SJ