Os bispos integrantes da Comissão de Educação e Cultura da CNBB organizaram uma reunião em Belo Horizonte para iniciar o planejamento de ações do quadriênio 2011-2015. O presidente da Comissão e anfitrião do encontro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol, disse que as ações a serem desenvolvidas visam promover um diálogo com aqueles que produzem cultura no país e marcar de forma ainda mais nítida a presença da Igreja Católica no ensino. O bispo salientou que a preocupação da Igreja não diz respeito exclusivamente à educação católica, mas ao ensino de forma geral e manifestou o desejo partilhado pelos membros da comissão de oferecer para professores e alunos de escolas públicas os valores cristãos, traduzidos na busca pelo caminho da “justiça e da paz, do respeito à diferença, da concórdia, do direito de todas as pessoas e da busca pelo desenvolvimento sustentável.”
Dom Mol explicou que as ações da Comissão de Educação e Cultura serão articuladas com projetos locais, nos regionais da CNBB, que terão grupos responsáveis por cada setor integrante da Comissão (Universidades, Educação e Ensino Religioso). O bispo disse que, desta maneira, o alcance de todas as iniciativas será maior, pois “a Igreja está em todos os lugares do Brasil”.
Estiveram presentes o bispo diocesano de Abaetetuba (PA), dom Flávio Giovenale, responsável pela Pastoral da Educação, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador (BA), dom Gregório Paixão, responsável pela Pastoral da Cultura e o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Tarcísio Scaramussa, responsável pelos setores de Universidades e Ensino Religioso.
Dom Flávio disse que as diferenças regionais que caracterizam o Brasil estão contempladas no grupo. O bispo, juntamente com dom Gregório, representam o norte e nordeste, enquanto dom Mol e dom Tarcísio conhecem bem a realidade do sul e sudeste. “A diversidade na unidade pode gerar bons frutos e nos fazer caminhar”, sintetiza dom Flávio. Falando especificamente sobre a realidade da região norte, o bispo disse que a Comissão terá como desafio ajudar nos processos de universalização do ensino na Amazônia e de qualificação dos professores, além de trabalhar para introduzir a cultura local nos livros didáticos.