Uma Celebração Eucarística Solene, na Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, presidida pelo Arcebispo Emérito de Belo Horizonte, dom Serafim Fernandes de Araújo, e concelebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, marcou as comemorações do centenário de nascimento de dom João Resende Costa, nesta terça-feira, 19. Durante a solenidade, que contou também com a presença do Bispo Emérito de Porto Nacional/TO, dom Geraldo Vieira Gusmão, e 28 padres, representando diversas instituições e paróquias da Arquidiocese de BH, foi relançado o livro de dom João, Palavras do Caminho, de 1978.
Durante a Celebração, dom Walmor falou da importância de se comemorar o centenário de nascimento de dom João. “Estamos num tempo marcado pela rapidez e sempre corremos o risco de esquecer pessoas. Relembrá-lo é brindar a Arquidiocese com a força que emana dele”. Ao falar sobre o relançamento do livro, dom Walmor comentou: “O que dom João escreveu há 30 anos é uma palavra para hoje, para o agora”. O Arcebispo cumprimentou e estendeu a homenagem aos parentes de dom João que, segundo palavras de dom Walmor, é “um grande homem de Deus que está no coração do nosso povo”.
O Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Boa Viagem estava cheio de fiéis, que ouviram dom Serafim, em sua homilia, lembrar com carinho de dom João. “Foram mais de 30 anos de uma convivência bonita, de respeito, amor e confiança”. O Arcebispo Emérito contou alguns momentos marcantes de sua convivência com dom João, como os esforços que fizeram para incluir na agenda do Papa João Paulo II uma visita a Belo Horizonte, em 1980. “Conseguimos que o Papa visitasse BH. A partir daí, toda vez que eu o encontrava, por causa do carinho que cativou pela cidade, ele me chamava de ‘Belo Horizonte’. Nunca me chamou pelo nome!”, contou dom Serafim.
Ao final da Missa, os sacerdotes presentes ganharam um exemplar do livro. Dom João Resende Costa nasceu em Borda da Mata, MG, no dia 19 de outubro de 1910. Ordenou-se padre em Roma, em 1935. Após a morte de dom Antônio dos Santos Cabral, foi nomeado o segundo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte. Na Arquidiocese, ele criou vigários episcopais, o Conselho Presbiteral, a coordenação de pastoral e as comissões de pastoral. Entre suas diversas realizações, estão a criação de 52 paróquias, inauguração de 75 novos templos, criação de 18 comunidades religiosas masculinas e 60 femininas, além da ordenação de diversos padres. Organizou o patrimônio da Arquidiocese, construiu o Edifício Pio XII, concretizou juridicamente a PUC Minas e construiu seu edifício sede.
Dom João morreu em 2007 e está sepultado na cripta da Catedral de Senhora da Boa Viagem.