O bispo auxiliar da Arquidiocese de BH e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol, participou da coletiva de imprensa da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil nesse 1º de maio, Dia do Trabalhador. Durante a tarde dessa quinta-feira, os bispos refletiram a Coalizão pela Reforma Política e Eleições Limpas, a partir de apresentação de dom Mol. O Bispo, que preside a Comissão Episcopal para a Cultura e Educação e a Comissão para Acompanhamento da Reforma Política, ambas da CNBB, disse que o Congresso Nacional tentou, por seis vezes, promover a reforma política. Contudo, interesses de grupos e indivíduos inviabilizaram o avançar dessas iniciativas.
Dom Mol explicou que, no ano passado, após as manifestações populares que ocorreram no Brasil, a CNBB e outras entidades se uniram para levar adiante uma proposta de reforma política. Iniciaram uma mobilização popular, com coleta de assinaturas, para garantir a tramitação da proposta no Congresso. O presidente da Comissão para Acompanhamento da Reforma Política afirmou que o projeto conta também com o apoio de alguns parlamentares.
Junto com dom Mol, participaram da entrevista coletiva o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal dom Odilo Pedro Scherer, o arcebispo de Feira de Santana (BA) e presidente da Comissão Episcopal para o Texto da Questão Agrária, dom Itamar Vian.
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Proposta
Entre as principais mudanças propostas pelo projeto de lei de iniciativa popular estão: a proibição do financiamento privado e a instauração do financiamento democrático de campanha eleitoral; adoção do sistema eleitoral do voto dado em listas pré-ordenadas, democraticamente formadas pelos partidos, e submetidas a dois turnos de votação; regulamentação dos instrumentos da democracia participativa, previstos na Constituição; criação de instrumentos eficazes voltados para os segmentos sub-representados da população, como os afrodescendentes e indígenas.