O auditório da PUC Minas – campus São Gabriel ficou repleto de padres e diáconos para a Assembleia Geral do Clero que, entre outros temas, destacou a importância da formação de Ministros da Palavra, para os trabalhos de evangelização nas comunidades de fé. O arcebispo dom Walmor e os bispos auxiliares da Arquidiocese de Belo Horizonte receberam os sacerdotes e diáconos para a manhã de avaliações e planejamentos.
Na abertura da Assembleia, o bispo auxiliar dom Geovane Luís da Silva apresentou as diferentes ações, desenvolvidas pela Arquidiocese de Belo Horizonte, que objetivam contribuir para uma participação plena e consciente dos fiéis nas celebrações litúrgicas. Nesse sentido, dom Geovane explicou que o Secretariado Arquidiocesano de Liturgia está a serviço de todos, para que a Palavra de Deus seja proclamada em toda a Arquidiocese de Belo Horizonte. Dom Geovane enfatizou a importância de cada comunidade identificar fiéis leigos vocacionados para presidir celebrações da Palavra. “Mesmo as paróquias com muitos horários de Missa”, disse dom Geovane, lembrando que a celebração da Palavra tem destaque especial na vida das comunidades. “A Palavra é o sacramento que escutamos. Queremos proclamar a Palavra de Deus para que ninguém seja privado da Boa Nova de Jesus”, explicou o Bispo Auxiliar. Dom Geovane detalhou os encontros formativos que serão realizados em 2019 com o objetivo de formar Ministros da Palavra. Solicitou que cada comunidade de fé envie dois representantes leigos, com perfil para serem Ministros da Palavra, para participarem dos momentos formativos.
Em seguida, o bispo auxiliar dom Vicente de Paula Ferreira e o vigário episcopal para a Ação Missionária nas Vilas e Favelas, padre Wagner Calegário de Souza, detalharam as iniciativas que estão sendo desenvolvidas para o anúncio do Evangelho nas diferentes periferias. Dom Vicente agradeceu aos que se dedicam à evangelização nas vilas e favelas e orientou: “O importante é deixar o Espírito Santo conduzir as ações em nosso Ano Missionário”.
Durante a Assembleia Geral do Clero, no horizonte do Ano Missionário que busca intensificar, ainda mais, a presença da Igreja nas vilas e favelas, foi destacada a importância dos diáconos permanentes e dos evangelizadores leigos na missão de anunciar o Evangelho nas periferias. Padre Wagner Calegário ressaltou também a participação das comunidades missionárias nos trabalhos que buscam fortalecer a presença da Igreja entre os mais pobres. O sacerdote apresentou dados relacionados à presença de vilas e favelas em cada região episcopal da Arquidiocese. O mapeamento é fruto de trabalho do Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisas Pastorais e Religiosas (Cegipar/PUC Minas) e considera dados oficiais do poder público.
Padre Wagner mostrou que muitos lugares ainda carecem de uma presença maior de evangelizadores e advertiu: os dados não contemplam as chamadas “ocupações urbanas”, excluídas de levantamentos estatísticos realizados pelo poder público. Isso significa que outras regiões, não mapeadas, carecem de atenção ainda maior da Igreja. Para conhecer essas realidades, o Vicariato Episcopal para a Ação Missionária nas Vilas e Favelas, em parceria com o Cegipar, tem desenvolvido um levantamento, a partir de questionários enviados às comunidades de fé. Também tem procurado conhecer estatísticas de instituições que buscam mapear as ocupações urbanas.