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Artigo] Ser Catequista é um modo de ser – Neusa Silveira

Falar de catequese nos levam a falar de catequistas e vice-versa.

A catequese se coloca a serviço da educação da fé. Ela é todo um processo de educação da fé que engloba: o contato com a comunidade, a participação nas celebrações e nas atividades da paróquia, a conversa sobre a vida de cada um, com a finalidade de fazer que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão com Jesus Cristo. A comunhão com Cristo é o centro da vida cristã e, consequentemente, o centro da ação catequética.

Quem pratica essa ação são os Catequistas.

Catequistas são pessoas com vocação de serviço que sentem mais viva a paixão de transmitir a fé como evangelizadores. São pessoas capazes de criar os laços de acolhimento e de proximidade que permitem saborear melhor a Palavra de Deus. São testemunhas do anúncio do Evangelho com a Palavra e com o exemplo da vida cristã. Chamados a anunciar a Palavra de Deus, a testemunham: com coragem, criatividade, com força do Espírito Santo, com alegria e com muita paz. São pessoas que anunciam incansavelmente o Evangelho da misericórdia.

O Espírito está sempre a chamar os catequistas para catequizar, ou seja, para fazer ecoar a Palavra de Deus a tantas pessoas que esperam conhecer a beleza, a bondade e a verdade da fé cristã. São chamados a irem ao encontro do outro, acolher, a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé que se desenvolve nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de modo particular para os sacramentos da iniciação cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto «a dar a razão da sua esperança a todo aquele que lhe peça» (cf. 1 Pd 3, 15).

Diz o Papa Francisco: o Catequista, no exercício de seu ministério, é, simultaneamente, testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade (cf. Diretório para a Catequese, 113). Na catequese o “mistagogo” leva o catequizando a fazer a experiência do profundo mistério de Deus.

O Papa Francisco pede insistentemente aos catequistas de hoje: “Sejam companheiros e pedagogos, que anunciam o Evangelho com sua vida, com mansidão; que procurem novas linguagens, novos caminhos. Sejam testemunhas e se coloquem a serviço da comunidade cristã, para apoiar o aprofundamento da fé no concreto da vida cotidiana”. Diz ainda o Papa Francisco: “Precisamos de insistir em indicar o coração da catequese. Jesus Cristo ressuscitado ama-te e nunca te abandona”.

O encontro com Jesus é sempre motivo de alegria para todas as pessoas. Em cada encontro surge uma nova oportunidade de sentir a alegria de viver em Cristo. Que possamos sempre fazer encontros, colocar em exercício o nosso ministério de Catequista.

Que todos e todas nós catequistas sejamos para a Igreja motivo de unidade e de comunhão, na diversidade de dons e ministérios que se colocam a serviço da comunidade eclesial para o seu amadurecimento e crescimento.

Em nome do SABIC, saudamos e agradecemos as muitas catequistas da nossa Arquidiocese que não medem esforços para exercer bem suas atividades catequéticas, sempre prontas para o acolhimento dos catequizandos. Parabéns pelo seu dia. Que, através de cada gesto que se exterioriza, seja ele expressão do amor de Deus se revelando aos outros.

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.

 



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