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[Artigo] O mundo precisa de amor – Neuza Silveira, Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de BH

O amor não tem preço.  Muitas histórias sobre boas ações são contadas. Que bom que ainda encontramos muitas generosidades, atos gratuitos. Isto sinaliza que Jesus ainda continua sendo o personagem central do mundo e da história. Muito ainda se fala sobre ele e muito se escreve e divulga sua mensagem, o que nos faz sentir que ele continua atraindo a atenção de milhões de pessoas.

Tudo isso teve seu início quando lá no principio, no tempo que Jesus estava iniciando sua missão, João Batista tomou a iniciativa de apresentá-lo à multidão dizendo: Eis aqui Jesus. Foi dele que venho falando para vocês. Ele é o mestre, de quem não sou digno nem de desamarrar suas sandálias. Ele vem para libertar-nos de nossos pecados. É ele quem tira o pecado do mundo! (Cf. Jo 1,19 a 51).

Assim começou a missão de Jesus. Ele percorria várias cidades levando seus ensinamentos sobre Deus e sobre o homem e muitos ficaram encantados e passaram a segui-lo. Seu método utilizado para ensinar era através de pequenas comparações chamadas parábolas. Desse jeito o povo podia compreender melhor. As pessoas escutava-o atentas e deixavam suas vidas se transformarem. Colocavam-se em oração.

Jesus continuou sua caminhada e sua fama foi se espalhando através de suas pregações. Estava sempre fazendo o bem a todas as pessoas, orientando-as, curando-as, sem excluir ninguém.  Muitas pessoas manifestavam suas curas que aconteciam através de seu simples toque e gestos. Percebiam que de sua prática exalava uma força transformadora que modificava a vida das pessoas, a sociedade, o mundo.

Como podemos cativar pessoas e impulsioná-las a uma transformação de vida, nos dias de hoje?

 Olhando para nossa realidade, percebemos um mundo pluricultural. Vivemos um intenso pluralismo religioso e nessa sociedade plural somos convidados a caminhar, renovar e se adaptar aos novos tempos. A evangelização do mundo moderno precisa acompanhar e servir-se das grandes transformações que chegam e podem contribuir para o crescimento pessoal, comunitário e humanitário.

Nesse novo caminhar não se pode esquecer-se do modo de SER, FALAR, AGIR de Jesus. Ele que nos mostrou como Deus nos colocou todo esse mundo para construirmos e continuarmos através de nossas ações. Na busca da compreensão da Palavra de Deus, mensagem de amor, libertação e esperança de um Deus criador e salvador, descobrimos a caminhada da humanidade nas suas lutas, sucessos, fracassos, mas também um contínuo apelo de Deus, uma iniciativa que Deus toma para com o ser humano e espera dele uma resposta.

A Bíblia é, para nós cristãos, fundamento para nossa vida. A reflexão que fazemos da Palavra se constitui num diálogo com Deus. As leituras que são realizadas tem como princípio a vinda de Cristo. No Novo Testamento encontramos: a vida, a mensagem, a morte e ressurreição de Jesus; o novo reino de justiça, paz e fraternidade; o início da Igreja e a vivência da comunidade cristã. Assim podemos dizer ser a Bíblia é a Palavra de Deus que nos serve de luz e caminho.

Fazendo uma leitura interpretativa da Palavra de Deus e trazendo-a para nossa realidade vamos descobrindo o jeito que Jesus fazia para encantar e transformar pessoas.

Um primeiro passo a ser dado, quando deseja se colocar no caminho do bem, do crescimento pessoal, é aceitar-se a si mesmo como pessoa, descobrir sua identidade, personalidade, sua espiritualidade. Reconhecer os valores e deficiências, conhecer a si e o próprio comportamento, descobrir a alegria de viver e servir. Cultivar-se. Saber perdoar, saber sorrir, saber amar as pessoas.  Promover o encontro com Deus, deixar-se amar por Ele e amá-lo profundamente. Descobrir Deus presente em você.

Dar a vida para mais vida. Assim Jesus foi nos mostrando quando nos deixou sua mensagem, através de várias parábolas: Por exemplo, quando nos falou do semeador, do bom Samaritano, da Videira, do Bom Pastor que cuida das ovelhas, dos vinhateiros, do encontro com a Samaritana, do encontro com Zaqueu, do caminhar com os discípulos de Emaús, e tantos outros. E podemos também aprender com tantas vidas que foram testemunhas do Cristo aqui nesse mundo. Através dos fatos da vida percebemos o Cristo que caminha conosco e continua a nos ensinar e a amar.

Um fator importante: não podemos esquecer de fazer como João Batista fez: apresentar aos outros o verdadeiro cordeiro de Deus, o libertador. Segui-lo como discípulo, passar com ele um tempo, para melhor conhece-lo.

Outro passo importante: atender o pedido do próprio Jesus: “Tomai e comei, isto é meu corpo entregue”… Tomai e bebei, isto é meu sangue, sangue da Nova e Eterna Aliança. Sangue derramado para a libertação.

A Eucaristia é uma celebração de comemoração. Comemoramos a morte e ressurreição de Jesus Cristo que veio trazer à nossa vida uma mudança fundamental. Comemoramos o amor que nos dedicou até a sua morte. Com o nosso Batismo estamos aceitando, de forma incondicional, as palavras que por Jesus também foram ouvidas no seu Batismo: “Tu és meu filho amado, eu, hoje, te gerei” (Lc 3,22c). Na Eucaristia Jesus no dá sua vida por amor

Celebrar o Mistério Pascal é celebrar o mistério da vida doada do Cristo: Morte e ressurreição.  Viver a Eucaristia é crer que Jesus ressuscitou, está presente no meio de nós para sempre, e a cada dia nos convida a fazer tudo aquilo que Ele fez, com amor.

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de Belo Horizonte.

 

 

 



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