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[Artigo] O convite missionário de Jesus renova a Igreja – Neuza Silveira, Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de BH

 

Façamos memória do convite missionário de Jesus: Ide e fazei que todos os povos sejam meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28,19-20).

A Igreja caminha na construção de seu itinerário em busca de um agir evangelizador da Igreja missionária, sempre a partir do núcleo da mensagem de Jesus Cristo, encontrada nos evangelhos. Para bem compreender a ação de discípulos missionários, tem-se como proposta de formação, o caminho da experiência religiosa que nos leva ao encontro com Cristo, a vivência comunitária que proporciona as relações interpessoais no encontro com o outro; a formação bíblico-doutrinal que conduz para o encontro com a Palavra de Deus, e o chamado ao compromisso missionário de toda a comunidade, acolhedora, criativa, formativa, celebrativa e fraterna. E tudo isso acontecendo à luz do Espírito que nos capacita e eleva a nossa capacidade de fazer o bem.

Como nos diz o Pe. Adroaldo Palaoro em um de seus artigos: “a nossa capacidade de fazer o bem se torna ilimitada com o sopro do Espírito. Nada a detém quando se trata de demonstrar, com gestos concretos, o amor ao semelhante; esse amor que ela traz dentro de si permite expressar, de maneira criativa, sua solidariedade e sua presença inspiradora. Tudo em sua vida torna-se novo, pois o Espírito não lhe permite cair na rotina e na inatividade, características de quem perdeu a razão de viver. É o Espírito que nos permite a abrir caminhos, caminhar, encontrar e reconhecer o Cristo sempre vivo através dos seus discípulos”.
Tomada a consciência da ação do Espírito em nós, somos chamados a reconfigurar nossas ações e compromissos para a evangelização, diante da realidade que nos permeia. As formações propostas não podem apenas construir conhecimentos intelectuais, mas provocar uma conversão pessoal e pastoral que nos impulsionem para o agir cristão.

Para nós cristãos, sabemos que o primeiro passo para responder ao amor de Jesus é ser batizado. Com o batismo nos tornamos novas criaturas, recebemos o Espírito que vem morar em nós e nos conduz para as boas ações missionárias. Somos chamados a derramar o grande amor de Deus que nos é dado sem medida.

Fazendo memória do documento de Aparecida, ele nos convoca à prática missionária de um discipulado que promova vidas, que ama o próximo e se aproxima dos mais pobres. Uma ação missionária, evangelizadora, libertadora, pois a evangelização é fruto do Espírito Santo. O Papa Francisco nos diz: O Espírito Santo é o verdadeiro protagonista da missão missionária cristã. É ele que nos dá coragem e nos leva para frente. É ele que nos ajuda a construir nossos itinerários e nos coloca sempre atentos: ao anúncio, ao serviço e à gratuidade.

Conforme Medellín, somos chamados a ser uma Igreja “Povo de Deus”, uma Igreja pobre e dos pobres, uma Igreja simples, despojada e humilde. Caminhar sempre em sintonia com o Cristo. Fazendo memória dos seus 50 anos, deixemos nos envolver pelo Espírito Santo que deu a vida à Igreja e a façamos caminhar em sua missão evangelizadora revestida de seu caráter profético e transformador.

Nesse sentido, somos chamados a promover a renovação do caminhar da nossa Igreja: evangelizar e dar testemunho cristão; fazer acontecer o processo de iniciação cristã, catecumenato ou catequese permanente; viver o desafio de colocar a Palavra de Deus, a Bíblia, nas mãos do povo, promover a capacitação de agentes evangelizadores que possam evangelizar com uma metodologia e linguagem adequada, colocando a Palavra ao alcance de todos. Cuidar para que seja uma ação de toda a pastoral. Junto a toda ação pastoral a catequese, em seu processo evangelizador, não pode perder de vista seu aspecto vivencial, experiencial , celebrativo e mistagógico.

 

 

 

 

Neuza Silveira de Souza,
Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de BH



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