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[Artigo] Luzes da realidade para o Novo Ano-Neuza Silveira de Souza, Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de BH

 

 

Iniciamos um Novo Ano. Nossas cabeças e nossos corações estão cheios de ideias, de luzes recebidas através das mensagens natalinas e felicitações para o novo ano que se inicia. Muitas delas nos chamam a atenção para viver a paz e cuidar do amor de Deus em nossa vida.

Na virada do ano, a Palavra de Deus nos chama atenção sobre o Deus Pai criador do mundo e sobre Jesus, o verbo encarnado que se faz presente no meio de nós. Fala também de João Batista, aquele que veio preparar a vinda de Jesus. É a palavra assumindo a existência humana para nos levar à compreensão da própria Palavra que é Jesus. Palavra que é Luz, que brilha em nossos corações revolvendo nosso interior para de lá brotar luzes que nos abrem o caminho para dar testemunho dessa Luz.

Agora é tempo de deixar encher nossos corações de alegrias, gratidão, esperanças e sonhos que irão nos impulsionar na caminhada, construindo o itinerário a partir da compreensão da fé que nos leva a crer em Jesus, o Verbo encarnado.

Expectativa do Papa Francisco

O Papa Francisco inicia o Ano Novo nos oferecendo uma catequese brilhante sobre o “maravilhar-se”. Segundo ele, “maravilhar-se é estar com o olhar fixo no menino que nasceu para nós, pobre de tudo e rico de amor”. “Maravilhar-se também diante da Mãe de Deus: Deus é um bebê nos braços de uma mulher que alimenta o seu criador”. E “maravilha”, diz ele: “é a atitude que devemos ter no começo do ano, porque a vida é um dom que nos possibilita começar sempre de novo”. “A vida, sem nos maravilharmos, torna-se cinzenta, rotineira; e de igual modo a fé.”

Catequistas, vamos renovar nossas esperanças, temperar a nossa caminhada de fé com o amor que provém das entranhas de Deus, deixar que o perdão faça a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração, e desse jeito, com o coração livre, maravilhar-se e produzir paz e felicidade para o mundo.

Como encontrar luzes para a felicidade

A felicidade se vive na esperança e pede eternidade, ou seja, queremos viver felizes para sempre. Essa é a nossa esperança, embora saibamos que a felicidade não é plena no sentido da eternidade, no aqui e agora, mas se plenifica no cotidiano da nossa vida. Vai-se construindo um itinerário até que possa ser vislumbrada como definitiva no futuro último de Deus. Isto é, dá-se no passo a passo de nossa existência. Acontece sempre e a qualquer hora, para aqueles que têm Deus na sua existência.

Podemos estar sempre experimentando-a todas as vezes que acolhemos Deus com “alma de pobre”.
Nesse sentido, somos chamados a trabalhar diariamente como um buscador incansável da felicidade, procurando-nos aproximar daquelas pessoas que estão mais necessitas e desvalidas e que nos permitem amá-las gratuitamente. Essa aproximação desinteressada à pessoa que não pode corresponder-nos permite a nós, ao caminhar com elas, encontrar o caminho para a verdadeira felicidade; viver o amor ágape, o amor gratuito, o amor que produz felicidade.

Que nesse novo ano, possamos nos fazer sempre presente na caminhada com aqueles que irão nos ajudar a fazer o itinerário do caminho da felicidade. Caminhar com eles no preparo do caminho para que a felicidade se faça presente. A felicidade que provém de Deus, pois é vivida através do seu amor.
Para nós cristãos, buscar a felicidade dentro dessa dinâmica da esperança cristã significa saber busca-la desde já de maneira realista e sadia. Deus nos quer felizes desde agora e está sempre conosco para potencializar a felicidade que nos conduzirá na caminhada com aqueles que de nós podem precisar.

Nosso trabalho catequético necessita estar sempre impermeado pela felicidade de poder ajudar às pessoas a conhecer a fé em Jesus Cristo e permitir a elas a oportunidade de mergulhar no Mistério de Cristo crucificado e deixar-se iluminar por sua luz. Ao pensar nossa prática catequética, que nosso olhar possa dirigir para as urgentes necessidades de mudança na forma de evangelizar, de falar do Cristo, de falar da vida. Que sejamos capazes de provocar reflexões e dialogar com quem acredita que a beleza e a fecundidade do caminho da evangelização passam pelas trilhas da catequese e venha inspirar novo jeito para a Iniciação à Vida Cristã.

Muitas luzes virão para nossas catequeses se permanecermos sempre em sintonia com Deus, percorrendo o itinerário construído pelo seu Filho que veio ao mundo, encarnado em nossa existência humana para que, através dele, possamos conhecer o amor infinito do Pai aos homens. Um amor infinito de Deus ao homem, encarnado e manifestado até suas últimas consequências na crucificação de seu Filho amado.

Que o catequista esteja sempre pronto e entusiasmado para o encontro, a contemplação e o seguimento de Jesus.

 

 

 

 

Neuza Silveira de Souza
Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte



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