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[Artigo] Catequista, testemunha da fé – Neuza Silveira, Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa nova
a toda criatura!” (Mc 16,15).

Neste domingo, celebramos o Dia do Catequista. O nosso dia! É o nosso momento de também agradecer a Deus pelas maravilhas que Ele nos dá e nos possibilita enquanto “dom”. Torna-nos sinal visível da missão da Igreja, fazendo-nos divulgadores da fé, anunciadores da Palavra que, com sua força, realiza o seu papel de suscitar em nossos corações a fé e o compromisso missionário. E, ao mesmo tempo faz ecoar, no coração de nossos catequizandos, o amor de Deus, constituindo-os não só bons cristãos, mas ajudando-os a aprofundar sua própria identidade cristã. Nesse sentido, a catequese é um pilar para a educação da fé.
Lembrando o Papa Francisco, também catequista, ele diz que “Ser catequista é vocação e que devemos exercer essa nossa função deixando-nos ser conduzidos ao encontro com Jesus, com as Palavras e com a vida, com testemunho”.

O Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, chama-nos de “pérolas”. Envia aos catequistas uma mensagem dizendo: “Catequista, você é uma pérola especial e um tesouro para Deus e sua amada Igreja. A sua singular vocação foi gerada no coração de Deus Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da vida – Jesus Cristo. Catequista, você não é apenas um transmissor de ideias, conhecimentos, doutrina ou, mais ainda, um professor de conteúdos e teorias, mas é um canal da experiência viva do encontro intrapessoal com a pessoa de Jesus Cristo”.

Nossa missão de levar e testemunhar a mensagem de Jesus Cristo

A catequese não oferece apenas conhecimento das coisas sobre Deus, mas nos possibilita fazer experiência pessoal com Deus. O encontro com Jesus Cristo nos encanta, nos motiva e nos tornam fascinantes. Nós somos pessoas entusiasmadas de Deus. Quanto mais nos deixamos entusiasmar por Jesus, dar a ele lugar em nossa vida, tanto mais ele nos fará sair de nós mesmos, descentrar-nos e nos aproximar dos outros.

Em nossa caminhada, Jesus é o pão da vida que nos alimenta. Ele faz com que nós, catequistas, sejamos pão para os outros. Para anuncia-lo, primeiro vamos conhecê-lo, Alimentar-se d’Ele, nos ajuda a redescobrir nossa verdadeira riqueza interior e a fazer experiência de fé, para então testemunha-lo. Jesus, fazendo-se “pão partilhado” nos ensina a gerar vida, ou seja, ele nos move para que nossa vida seja “alimento substancioso” para que outros tenham vida. “Toda vida é Pão. E a vida humana é um mistério de autotransformação” (D. Jose Tolentino).

A pessoa humana é um mistério. Chamados a adentra-se no conhecimento desse mistério, enfrentamos o desafio de ser iniciado num novo estado de vida: a vida numa comunidade. Nessa nova vida somos chamados a mergulhar nas riquezas do Evangelho, iniciar-se a nós mesmos e aos outros na vida da comunidade cristã, para participar da vida divina. Em meio à vida comunitária, somos chamados a cumprir o mandato de Jesus que é envio e missão. Na caminhada com Jesus que é o pão da vida, também nos fazemos alimento para os outros, ofertando nossos dons e ajudando-os a descobrir o sentido mais profundo da busca do ressuscitado, bem como realizar o encontro pessoal com Jesus Cristo, aquele que nos chama a segui-lo. Esse encontro renova-se constantemente, pelo testemunho pessoal, pelo anúncio do querigma, pela vivência mistagógica e pela ação missionária da comunidade. E tudo isso, com amor.

O amor é o caminho que nos leva à esperança do saber colher o invisível no visível, o inaudível no audível, alcançar o infinito dentro do finito, sentir a primavera da esperança no perfume do eterno. Percorreremos esse itinerário fazendo a experiência do que recebemos e do que ofertamos como dom da vida.

Catequistas, Jesus faz-se alimento que gera vida nova no mundo; Sejamos espelho dele, percorrendo nosso caminho, na certeza que podemos arriscar sem medo, porque conosco Ele está. Ele disse: “eu estarei contigo, não temas anunciar-me, em tua boca eu falarei”.

Receba o afetuoso abraço de gratidão da nossa Arquidiocese e em nome do Secretariado Bíblico-Catequético envio nossos agradecimentos.

 

Neuza Silveira de Souza

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte

 



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