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[Artigo] A catequese renovada para os dias de hoje- Neuza Silveira

A situação da catequese no Brasil sempre foi muito discutida pelo nossa Igreja. Desde 1978, com a realização de um seminário de reflexão sobre a catequese, já se pensava em um roteiro ou temas fundamentais de seus conteúdos para a pastoral catequética. Em 1980, a nível nacional, nas orientações pastorais para a catequese da 18ª Assembleia Geral da CNBB também constava um pedido de elaboração de roteiros com temas que assegurassem a transmissão da mensagem catequética. Vamos lembrar que naquele ano o Brasil recebeu a visita do Papa João Paulo II que então nos dizia: “A Catequese é uma urgência”.

Nas Assembleias Gerais da CNBB nos anos seguintes: 1981 e 1982 também tiveram como pauta a discussão sobre as orientações para a catequese do Brasil, bem como a importância de um roteiro ou temário de conteúdos básicos para a catequese. Assim, o documento “Catequese Renovada: Orientações e conteúdos”, aprovado pela 21ª Assembleia Geral da CNBB, em 15 de abril de 1983, é fruto de todas essas reflexões e resposta aos anseios de todos os catequistas do Brasil.

Como podemos perceber, este anseio continua nos dias atuais. Continuamos inquietos e em busca de conteúdos, de formas e métodos para bem realizar os trabalhos catequéticos. Voltemos o nosso olhar para esse documento “Catequese Renovada: Orientações e conteúdos”, e vejamos: as riquezas que ele nos traz já foram todas extraídas, esgotadas e aproveitadas?

Estamos comemorando os seus quarenta anos e ele continua sendo muito importante para a nossa caminhada catequética. Continua fazendo parte do nosso itinerário de fé. Além das orientações gerais que nos ajudam a permanecer firmes no caminho traçado pelos nossos bispos, ainda contamos com vários temas fundamentais para que a nossa catequese, nas bases, seja, além de renovada, também transformadora.

A grande força motriz que vai ajudar a dar o impulso para o desenvolvimento da nossa catequese, fazendo dela um processo permanente e transformador, está na concepção que temos de catequese, ou seja, uma catequese que tenha como principio a “interação entre fé e vida” e leve em consideração o papel fundamental da comunidade como catequizadora.

É na comunidade cristã que se vive as relações fraternas, celebra a Eucaristia, trabalha o exercício da escuta da Palavra, recebe os ensinamentos de Jesus, vive-se o testemunho, organiza a catequese, elabora os conteúdos, a forma e a metodologia da catequese para o seu bom desempenho.

Diz-nos o documento “Catequese Renovada” que uma comunidade animada pela fé, sustentada pela esperança, exercida através da caridade fraterna, faz da sua própria vida, parte do conteúdo da Catequese.

Então, para uma boa fundamentação da Catequese vamos retomar o estudo do Documento “Catequese Renovada: Orientações e conteúdos”, principalmente a sua parte referente aos temas fundamentais, que apresenta uma riqueza extraída de uma larga experiência das reflexões produzidas por vários documentos do pensar catequético. Os temas apresentados no documento serão inspiração para o nosso fazer catequético hoje. É tarefa do catequista, cada um diante da sua realidade concreta, abstrair dos conteúdos apresentados, a arte de construir a interação entre fé e vida. Uma catequese de Iniciação à vida Cristã de inspiração Catecumenal. Uma catequese que tenha a centralidade em Jesus Cristo.

Vamos nos preparando para bem participar do Seminário sobre a Catequese Renovada, que será apresentado pela CNBB, no período de 1 a 3 de setembro, trazendo novas atualizações para a realidade atual.

Neuza Silveira de Souza

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.



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