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Arquidiocese de Belo Horizonte é parceira em projeto agraciado, na Suíça, com medalha Good – inovadores sustentáveis

O projeto brasileiro de formação de Agentes Jovens da Casa Comum recebeu o  reconhecimento internacional, com certificação ouro, do Good Festival da Suíça, realizado do dia 20 ao dia 22 de abril. A iniciativa é fruto de parceria entre a ONG brasileira Instituto Casa Comum (ICC), CNBB e Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio do Programa Santuário Digital . Essa  plataforma,  desenvolvida pela PUC Minas, faz o mapeamento descritivo e georreferenciado de patrimônios naturais e culturais, permitindo o diálogo entre os jovens em rede mundial,  inclusive na busca de soluções de problemas locais e mundiais.

A criação do projeto partiu de uma reflexão do historiador Célio Turino a respeito do gasto mundial com orçamento militar e formação de jovens recrutas – uma cifra de um trilhão e 800 bilhões de dólares – que, segundo conclusão do historiador,  poderia ser revertido  para garantir formação civil inclusiva, cidadã e para a Paz.

A formação de Agentes Jovens da Casa Comum, tem por proposta a integração de Pontos de Encontros e organizações comunitárias espalhadas pelo mundo, preparadas e com suporte para sensibilizar, capacitar e integrar jovens das comunidades locais através da arte, do desporto, da permacultura, da atuação cidadã e do uso das novas tecnologias.

O Instituto Casa Comum capacita as entidades, a partir de seus jovens, em programas de 24 horas por semana, sendo 12 horas em formação específica e 12 horas de trabalho comunitário. Os agentes jovens atuam nas áreas de meio ambiente e cultura, instigados a identificar bens naturais, patrimônios culturais, demandas da comunidade para o meio ambiente, bem como buscar soluções para problemas e iniciativas nessas áreas. Para isso, utilizam o suporte da plataforma do Santuário Digital e o aplicativo disponibilizado no Site.

A capacitação permite estruturar, planejar e medir impactos nas comunidades, bem como fortalecer essas comunidades na busca de suas próprias soluções. Além disso, busca integrar jovens de diferentes cidades e países, para o compartilhamento de experiências e a construção conjunta de práticas sustentáveis.

A apresentação no Good Festival  é oportunidade para divulgar a ação, buscar recursos financeiros e parceiros para implantar o programa de formação, gestão sustentável do projeto e da rede mundial. A instituição foi representada, no evento, pela jornalista e gestora de projetos Maria Alice Campos, membro fundadora do ICC, luso-brasileira residente em Lisboa.

 

A participação da PUC Minas

A equipe do Santuário Virtual é coordenada pelo professor Josimar Azevedo e envolve vários setores da PUC Minas, abrangendo diversas áreas do conhecimento. Participam desse projeto os professores Camilo Ribeiro, Aurino Goes e o professor Josimar, do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pastoral da Cultura (Nepac-PUC Minas); Miguel Andrade, do Centro de Integração para a Sustentabilidade do Departamento de Ciências Biológicas da PUC-Minas (Cisal) e da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço/Unesco/Masb; Altino Caldeira e Sandro Laudares do Grupo de Pesquisa da Religião, Patrimônio, Cultura e Turismo Religioso, e Marcelo Nassau, da Gerência de Tecnologia da  Informação.  O trabalho conta com a importante contribuição da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Minas,  do Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisas Pastorais e Religiosas (Cegipar), da Secretaria de Comunicação da PUC Minas, de pesquisadores do Curso de Ciências de Sistema de Informação da PUC Betim e integrantes da Pastoral da Cultura da Arquidiocese de Belo Horizonte.

O Instituto Casa Comum

A história do Projeto de formação de Agentes Jovens da Casa Comum teve início a partir de um convite do Papa Francisco para que o historiador Célio Roberto Turino de Miranda fosse ao Vaticano fazer uma palestra sobre a rede Cultura Viva Comunitária, criada na América Latina, da qual Célio foi um dos incentivadores. A rede baseia-se no Programa Pontos de Culturas – Cultura Viva no Brasil, uma política pública que ganhou repercussão internacional.

Desse encontro, surgiu um convênio laico com a Fundación Scholas Occurrentes, instituição pontifícia impulsionada pelo Papa Francisco com o propósito de favorecer a integração e o fomento da paz entre os povos, por meio da educação. Nesse contexto, o compromisso assumido pelo ICC  é o de colaborar com a reconstrução de uma sociedade global que propicie intercâmbios entre os diferentes saberes culturais, de forma integradora.

Junto com antigos e novos parceiros, o Instituto Casa Comum pensou em como  implantar redes locais e globais,  fortalecer comunidades e garantir o protagonismo e empoderamento social, principalmente de  jovens. O princípio é o de que a viabilidade de uma educação no campo da cultura, artes, comunicação, educação popular, ambiente, lazer e da cidadania integrada ao Bem Viver é a solução para o desenvolvimento de um planeta sustentável. Uma educação cujos valores incluem a tolerância, o respeito pela diversidade, a preservação do patrimônio cultural e natural, o altruísmo, a alteridade e a sustentabilidade.

 



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