O Papa Bento XVI anunciou, nesta quarta-feira, 20, a nomeação de 24 novos cardeais entre os quais o brasileiro, dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam).
Com sua nomeação, o Brasil passa a ter nove cardeais, dos quais seis são eméritos. Dom Odilo Scherer, Dom Geraldo Majella e Dom Raymundo Damasceno estão à frente das Arquidioceses de São Paulo, Salvador e Aparecida, respectivamente. Os outros seis são cardeais eméritos, ou seja, já não estão à frente de nenhuma diocese: Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Cláudio Hummes – São Paulo, Dom José Freire Falcão – Brasília, Dom Serafim Fernandes de Araújo – Belo Horizonte, Dom Eusébio Oscar Scheid e Dom Eugênio de Araújo Sales – Rio de Janeiro, de acordo com informações da assessoria de imprensa da CNBB.
Dos 24 novos cardeais, 20 têm menos de 80 anos e são eleitores. O Consistório de criação dos novos cardeais será no dia 20 de novembro. Este será o terceiro Consistório do pontificado de Bento XVI e os cardeais chegarão a um total de 203, dos quais 121 eleitores.
Dom Damasceno, que participa em Roma do Sínodo para os Bispos do Oriente Médio, tem 73 anos e foi secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandatos (1995 a 1998 e 1999 a 2003).
Mineiro de Capela Nova, o novo cardeal foi ordenado padre no dia 19 de março de 1968 para a Arquidiocese de Brasília (DF). Nomeado bispo auxiliar de Brasília em 1986, recebeu a ordenação episcopal no dia 15 de setembro do mesmo ano e adotou como lema “Na alegria do Senhor”. Em janeiro de 2004 foi transferido para a Arquidiocese de Aparecida.
Com pós-graduação em Filosofia da Ciência pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), dom Damasceno fez Filosofia no Seminário Maior de Mariana (MG) e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
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