Flávia Costa Reis1
memorialhistoriadorinv@arquidiocesebh.org.br
Hebert Gerson Soares Júnior2
A Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral Del Rei foi criada por instituição episcopal do Bispado do Rio de Janeiro na primeira metade do século XVIII, possivelmente em torno de 1711, desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Raposos, se tornando colativa3 por meio de decreto régio de 16 de janeiro de 1752. Foi instalada em pequena capela, substituída, posteriormente, em torno de 1755, por edificação de maiores dimensões, a fim de abrigar a população crescente da freguesia.
Conta-se que, para a capela, ainda em inícios do século XVIII, foi trazida imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, em madeira policromada e dourada, pelo português Francisco Homem Del Rei. Essa imagem é a mesma que hoje se encontra no altar do lado direito do templo (lado da Epístola).
Passados quase 200 anos, já em fins do século XIX, a região do Curral Del Rei foi escolhida para sediar a nova Capital de Minas Gerais. Nesse sentido, a fim de se buscar um ideal de modernidade, de cunho positivista, almejado pela Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC), várias edificações do antigo arraial de origem colonial foram demolidas. Dentre essas edificações, se encontravam a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem e a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Para que se pudessem concretizar as referidas demolições, no entanto, seria necessária, primeiramente, a autorização do Bispado de Mariana.
Figura 01 – Vista antiga do Largo da Matriz do Arraial do Curral del Rei. Foto de João Salles. Fonte: Acervo do Museu Histórico Abílio Barreto.
O Engenheiro Chefe, Aarão Reis, solicita, então, que o governo proponha ao Bispado a demolição das igrejas, se comprometendo a erguer novas edificações, utilizando de projeto moderno preparado pela própria Comissão, antes ainda que as demolições ocorressem, de forma a não prejudicar o culto. Essas novas edificações seriam executadas em locais predeterminados pela CCNC, de acordo com o planejado para seu traçado urbano. O Bispo de Mariana, Dom Antônio Maria Correia de Sá e Benevides (1877-1896), concorda com o proposto, colocando, entretanto, suas exigências. Dentre elas, o já mencionado tratado de se demolir as edificações antigas, apenas quando as novas já estivessem concluídas.
Estando todos de acordo, portanto, com a demolição das igrejas e construção das novas edificações, foi apresentado projeto e orçamento pela Comissão Construtora da Nova Capital para sua execução. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, à época a mais importante do Arraial e, consequentemente, a mais importante da nova Capital, seria erguida em local privilegiado, ao fim da Avenida Afonso Pena, conhecido como “Alto do Cruzeiro”.
Figura 02 – Pintura de Émile Rouède, executada em óleo sobre tela, pertencente ao acervo do Museu Histórico Abílio Barreto, datado de 14/08/1894. Nela, vê-se o arraial do Curral Del Rei a partir de seu ponto mais elevado, conhecido como “alto do Cruzeiro”.
O projeto apresentado para a nova Matriz, entretanto, não foi executado, não se sabendo exatamente o motivo, sendo atribuído tanto a divergências entre os governos civil e eclesiástico, quando a protestos da comunidade, que seria contra a demolição da antiga edificação, ou, ainda, quanto à falta de recursos. Como a demolição não se concretizou, no ano de 1902, a área em que se localizava a Matriz, foi devolvida ao domínio da Diocese, estabelecendo que, entre outras obrigações, se deveria “Restaurar a Matriz velha existente nos ditos terrenos, conservando a mesma forma exterior”4.
Apesar da desistência, por parte do governo da província, quanto à demolição da Matriz, e da exigência de sua manutenção quando ocorreu a devolução do terreno, foi executada a demolição de suas torres e remodelação da fachada principal, em princípios do ano de 1911, prenunciando a intenção, por parte da paróquia, de substituir a edificação antiga. Nesse sentido, no dia 03 de setembro do mesmo ano, realizou-se a bênção da pedra fundamental de uma nova edificação, que seria erguida em estilo neogótico contígua à igreja colonial. Esse edifício seria o mesmo que ainda subsiste e que viria a se tornar a Catedral da nova Diocese alguns anos depois. O evento contou
com a participação de grandes nomes da Igreja e do Governo Provincial, que vieram de várias partes de Minas Gerais e até de outros Estados.
Figura 03 – Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem em 1942, ainda sem os volumes do batistério e cripta. Fonte: Acervo do Museu Histórico Abílio Barreto.
A autoria do projeto da atual edificação é desconhecida, sabendo-se apenas que a torre foi projetada pelo arquiteto suíço João Morandi, também responsável pela decoração interna da nave e da capela-mor, em estuque. A nova igreja, com planta em cruz latina, foi edificada em alvenaria de tijolos maciços, com cobertura principal em telhas francesas, e ornamentação da fachada com elementos em argamassa, simulando o trabalho em pedra. Em sua volumetria, destacam-se a torre centralizada na fachada frontal, os múltiplos pináculos e a lanterna5 sobre o cruzeiro, que lhe conferem grande elegância e verticalidade. À entrada principal, o volume da torre, cujo nível térreo forma o vestíbulo, é antecedido pelo pórtico em estilo gótico, refeito em 1979, conforme projeto de Octávio Roscoe e execução de André dos Santos.
A planta em forma de cruz latina, abriga em seu plano central a nave, cruzeiro e capela-mor, com acréscimos das tribunas da nave e da capela-mor, das sacristias e absides do presbitério e transepto, sendo ainda antecedida pela torre, batistério e cripta6. Esses dois últimos espaços foram edificados posteriormente, conforme pode-se constatar na figura 03 acima.
Internamente, o piso é feito em madeira na nave, transepto7 e tribunas, enquanto no batistério, cripta e capela-mor acontece em mármore, e no coro e sacristias, em ladrilhos hidráulicos. As alvenarias em tom amarelo e embasamento marmorizado, recebem também aberturas em grandes arcos ogivais e abóbodas de cruzaria nervuradas, com pintura ocre, sob fundo azul claro. A nave e suas tribunas são iluminadas por rosáceas (janelas redondas com desenhos em formato de rosas) vedadas com vitrais de temas eucarísticos. Nos demais espaços as janelas são em lancetas, típicas do estilo neogótico da edificação, também vedadas com vitrais, porém mais ricamente decorados que aqueles primeiros.
Destaca-se ainda no interior do templo, o conjunto de retábulos de mármore, principalmente aquele mor (principal), coroado por baldaquino rendilhado sobre a custódia da devoção do Santíssimo Sacramento. A igreja também guarda dois resquícios da antiga Matriz: o retábulo de gosto rococó dedicado a São Miguel e Almas8,disposto no coro, e o lavabo9 de pedra, fixado na varanda da fachada Sul. Atualmente as peças pertencem ao acervo do Museu Histórico Abílio Barreto, e foram colocados na igreja através de projeto de extensão que busca reafirmar a simbologia da edificação para a memória coletiva da capital.
Figura 04 – Vista externa da Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Foto: Hebert Gerson Soares Júnior, 2019.
O tema da criação de uma nova Diocese em Belo Horizonte, desmembrada de Mariana, ainda não havia surgido quando da construção da nova capital em fins do século XIX, havendo apenas rumores nesse sentido. Pode-se supor, porém, que o fato de a instalação da pedra fundamental da nova edificação da Matriz da Boa Viagem ter contado com tantas figuras importantes poderia significar que estava se pensando em transformá-la em sede de uma nova Diocese. Suposições à parte, sabe-se que, ao se anunciar a criação de uma Comissão que se encarregaria dos preparativos para a sua instalação, no ano de 1919, a Matriz da Boa Viagem foi prontamente anunciada como Catedral por seu presidente, Monsenhor João Martinho.
Nesse sentido, em 7 de setembro de 1922, e com as obras ainda por concluir, realizou-se missa solene que celebrava, ao mesmo tempo, o Centenário da Independência do Brasil, a criação da Diocese de Belo Horizonte, no ano anterior, a posse de seu primeiro Bispo, Dom Antônio dos Santos Cabral, e, ainda, a posse do então presidente eleito de Minas Gerais, Dr. Raul Soares de Moura. Sua sagração como
Catedral, porém, ocorreria apenas no ano seguinte, em 8 de dezembro de 1923, e, como Catedral Metropolitana, apenas em 15 de agosto de 1932.
Também em 1932 se daria a demolição da antiga Matriz, trazendo com ela protestos por parte da comunidade belo-horizontina. A partir disso, o Arcebispo Dom Cabral se manifestava, em matéria do jornal Diário da Tarde, de 26 de junho daquele ano, lamentando o episódio e anunciando a construção de uma nova Catedral, com o título de Cristo Rei, substituindo a atual, que considerava provisória.
A movimentação pastoral na Arquidiocese, apesar da tenra idade, já se dava de forma muito intensa, abrigando, no ano de 1936 o II Congresso Eucarístico Nacional. Como seu desdobramento, a então Catedral passou também a sediar, a partir de 1937, o Santuário de Adoração Perpétua, passando a expor em seu altar-mor conjunto de tabernáculo e ostensório, em prata dourada, executado originalmente para as solenidades do referido Congresso. Além disso, desde o evento, o Santíssimo Sacramento é exposto durante vinte e quatro horas, para adoração dos fiéis, que o velam em oração dia e noite, em revezamento, estabelecendo ali mesmo local de repouso entre as trocas de turno.
A fim de administrar tão importante empreendimento na Catedral, foi convidada, pelo Arcebispo, a Congregação dos Sacramentinos, a partir de 1938. A denominação “Santuário de Adoração Perpétua Senhora da Boa Viagem” foi instituída por meio do Decreto nº 23/2017, do Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Figura 05 – Capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem após a restauração.
Foto: Hebert Gerson Soares Júnior, 2021.
O título de Catedral Metropolitana foi transferido da Igreja da Boa Viagem para a Igreja de Cristo Rei, em construção na Região de Venda Nova, com procissão motorizada e cerimônia realizada pelo Arcebispo, em 11 de fevereiro de 2021, data em que se comemorou os 100 anos da Arquidiocese. A nova Catedral, com projeto de Oscar Niemeyer, retoma a intenção de Dom Cabral de erguer uma edificação de maiores proporções para Sé Metropolitana, possuindo capacidade para milhares de pessoas, sendo, portanto, condizente com a numerosa população da capital mineira e sua Arquidiocese.
Quanto à Boa Viagem, recentemente têm-se empreendido belíssimos trabalhos de restauração no templo, iniciando pelas peças de imaginária, como a padroeira, a mesma do século XVIII, o interior da edificação e, atualmente, o retábulo remanescente da antiga Matriz, retomando, assim, parte de sua originalidade e preservando-a para o futuro.
[1] Possui graduação em História pela PUC-Minas (2007), e atualmente é aluna do mestrado em Artes da Faculdade de Belas-Artes Arquitetura da UFMG. Integra o corpo técnico de colaboradores do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte/Inventário do Patrimônio Cultural.
[2] Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Minas (2014), e pós-graduação em Patologia, Terapia e Manutenção de Edificações (2018) pela mesma universidade. Integra o corpo técnico de colaboradores do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte/Inventário do Patrimônio Cultural.
[3] Passou a ter vigário permanente (colado), com côngrua (pensão paga aos párocos) pelo Reino de Portugal.
[4] Livro de Tombo da Matriz da Boa Viagem, p. 21.
[5] O Dicionário da Arquitetura Brasileira (Corona & Lemos, 2017, 2ª ed.) define o termo lanterna como corpo cilíndrico ou prismático, mais alto que largo, com aberturas de iluminação situado sobre a cúpula; zimbório (parte mais alta e exterior da cúpula de um edifício).
[6] Na cripta da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem estão sepultados os bispos D. Antônio dos Santos Cabral, D. João Resende Costa e D. Serafim Cardeal Fernandes de Araújo.
[7] Transepto, de acordo com o já mencionado Dicionário da Arquitetura Brasileira, é a nave transversal que separa a nave principal da capela-mor (onde se encontra o altar-mor), dando à planta forma de cruz.
[8] O retábulo originalmente dedicado a São Miguel e Almas, instalado em posição colateral da nave da antiga Matriz, teve seu padroeiro substituído pelo Sagrado Coração de Jesus, ainda na época do antigo edifício. Devido a este fato, é possível encontrar menção a este retábulo também como desta última invocação. A imagem de São Miguel, por sua vez, foi colocada em outro retábulo colateral possivelmente dedicado à Virgem do Rosário (pela fotografia encontrada não foi possível identificar com precisão), de modo improvisado sobre peanha na base do trono.
[9] O lavabo era originalmente instalado na parede do fundo da sacristia esquerda da igreja colonial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E FONTES
A DEMOLIÇÃO da antiga Matriz da Boa Viagem do Arraial do Curral del Rey. In: Curral Del Rey: Desconstruindo BH, uma cidade em eterna construção. Belo
Horizonte, 2010. Disponível em: http://curraldelrei.blogspot.com/2010/06/demolicao-da-antiga-matriz-da-boa.html. Acesso em: 8 jan. 2021.
ACERVO DA COMISSÃO CONSTRUTORA DA NOVA CAPITAL DE MINAS. Dossiê elaborado pela Comissão sobre demolição da Igreja Matriz e da Capela do Rosário e construção de novos templos. Belo Horizonte, 1894. Disponível em: http://www.comissaoconstrutora.pbh.gov.br/exe_dados_documento.php?intCodigoDoc=CC%20Da%2006/001&strTipo=DOCUMENTO%20TEXTUAL. Acesso em: 8 jan. 2021.
ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE. Contracto entre o Exmo. Arcebispo Dom Antônio dos Santos Cabral e a Congregação do SS. Sacramento. Mitra Chancelaria. Congregações masculinas. Documentos jurídicos e patrimoniais. 1938. Caixa 388. Sala 10.
ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE. Cópia da Ata da Fundação da Adoração Perpétua. Belo Horizonte, 31 de outubro de 1937. Caixa 361. Sala 10.
ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE. Decreto nº 23/2017 – […] modifica a denominação da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem […]. Caixa 240. Sala 10.
ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE. Livro de Avisos e Mandamentos. volume 2. 1936 – 1941. Estante 18, Prateleira 01. Sala 10.
ARQUIVO PAROQUIAL. 1º Livro de Actas da Adoração Noturna. Noite 1ª. 31de outubro de 1937. Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem.
ARQUIVO PAROQUIAL. Livro do Tombo Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. 1922 – 1955.
BARBOSA, Waldemar de Almeida. A verdade sobre a história de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Precisa Editora Gráfica Ltda, 1985.
BARRETO, Abílio. Belo Horizonte. Memória histórica e descritiva. História Antiga. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996.
CONSTITUTIO Apostolica Pastoralis sollicitudo – Dismembrationis et erectionis dioecesis Bellohorizontinae – 1921 Febr. 11. In.: ACTA APOSTOLICAE SEDIS. Commentarium Officiale. Annus XIII. Volumen XIII. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MCMXXI. P. 336. Disponível em: <vatican.va/archive/aas/documents/AAS-13-1921-ocr.pdf. > Acesso em dezembro de 2020.
CONSTITUTIONES Apostolicae: Ad munus – Bellohorizontinae. Erectionis Provinciae Ecclesiasticae –1924 Febr. 1. In.: ACTA APOSTOLICAE SEDIS. Commentarium Officiale. Annus XVI. Volumen XVI. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, p. 264. Disponível em: <vatican.va/archive/aas/documents/AAS-16-1924-ocr.pdf > Acesso em dezembro de 2020.
DOIS expressivos flagrantes da ceremonia. O Diário, Bello Horizonte, p. 1, 5 ago. 1936.
DOM CABRAL e suas obras. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado, 1943.
GLORIFICATUS Christus Eucharisticus: Entrevista de Dom Cabral revelando sua intenção de lançar a pedra fundamental da nova Catedral no II Congresso Eucarístico Nacional. Jornal do Brazil, Rio de Janeiro, n. 13, 11 ago. 1936.
HEMEROTECA DIGITAL – BIBLIOTECA NACIONAL. O Pharol. Santa Reliquia. Ano XLV, nº 203. Juiz de Fora, 28 de agosto de 1910. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=258822&pesq=%22santa%20reliquia%22&pasta=ano%20191&pagfis=26887> Acesso em: outubro de 2019.
INVENTÁRIO do Patrimônio Cultural da Arquidiocese de Belo Horizonte. Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem. Belo Horizonte, 2001.
LANÇAMENTO da pedra fundamental da nova Cathedral. Minas Geraes, Bello Horizonte, n. 8, 9 set. 1936.
LEITE, Boaventura João Batista (Padre C.S.S.R). São Jose 90 anos. Belo Horizonte: Expressa Artes Gráficas, 1990.
LEITE, Pe. João B. Boaventura (C. Ss. R.). Igreja de São José – BH. 2ª fundação. Redentoristas no Leste Brasileiro. Vol. III.
MOURÃO, Paulo Krüger Correa. A Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem de Belo Horizonte (dados históricos por ocasião do quadragésimo aniversário da exposição e Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento). Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1977.
MOURÃO, Paulo Krüger Corrêa. História de Belo Horizonte de 1897 a 1930. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1970.
NO CONGRESSO Eucharistico Nacional serão lançados os fundamentos da grande Cathedral de Bello Horizonte. O Diário, Bello Horizonte, n. 158, 30 jul. 1936.