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Ano da Paz começa neste domingo em todo o país

O Ano da Paz, que começa neste primeiro domingo do Advento, 30 de novembro, é um momento para ajudar na superação da violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna entre as pessoas. Aprovado por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida de 30 de abril a 9 de maio de 2014, o período de reflexões, orações e ações sociais se estenderá até o Natal de 2015. Conforme explica o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo publicado na última sexta-feira, “a vivência do Ano da Paz é uma tarefa que deve ser assumida pelos homens e mulheres de boa vontade, empenhados no trabalho de contribuir para que cada pessoa se reconheça como um coração da paz. Esse serviço deve ser vivido de modo criativo, sem enrijecimentos ou complicações, valendo-se de estruturas, instituições, especialmente as educativas e os meios de comunicação”.

 

Para o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, o Ano da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos acontecimentos violentos. “Está na hora da sociedade brasileira dar passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano”, ressalta. Dom Belisário manifestou a preocupação da Conferência com o nível de violência da sociedade brasileira. Para o arcebispo de São Luís, é uma questão complexa que envolve injustiça, tráfico de drogas e exclusão “de uma camada grande da sociedade”. “Isso tudo tem colaborado para termos essa sociedade tão violenta que a gente está”, disse.

 

De acordo com os últimos dados do Mapa da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Os jovens são os que mais sofrem, somando mais de 27 mil vítimas naquele ano. O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, afirmou que as relações mais próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e que há uma violência generalizada.

 

Para celebração do Ano da Paz, serão aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses vocacional, da Bíblia e da missão. “Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a paz e a realidade da violência”, lembrou dom Leonardo.

 

O vice-presidente da CNBB considera que as comunidades devem ser criativas e propor as iniciativas conforme a realidade de cada uma. “A gente quer no Ano da Paz que rezemos, reflitamos, peçamos a paz… Um momento forte de evangelização, de reflexão, de pergunta ‘por que está acontecendo tanta violência?’”, sugeriu.



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