A Liturgia e seus frutos
Todas as semanas, o site a Arquidiocese de BH oferece a você e a todos os cristãos-católicos um importante instrumento para ajudá-los a trazer o Evangelho para o dia a dia. Um trabalho que é fruto da generosidade do padre Danilo César dos Santos Lima, pároco da Paróquia Santana, especialista respeitado na Igreja, quando o tema é Liturgia. As reflexões propostas por padre Danilo para esta semana estão no banner rotativo deste nosso site, e são inspiradas nas leituras de domingo (29/05) sobre a Ascensão do Senhor.
Padre Danilo parte do pressuposto de que a seguinte pergunta merece ser respondida: “O Domingo pode ser para nós um dia que “dá o tom” da semana, ou rege espiritualmente o nosso dia a dia?” e faz a seguinte reflexão: “Para a imensa maioria de cristãos, “o Domingo é o único dia para o encontro com a fé pura que, como água limpa, escorre da fonte da Comunidade reunida, da Palavra proclamada e da Eucaristia compartilhada. Faz bem reconhecer que nem todos têm acesso aos retiros, aos grupos de espiritualidade, à orientação espiritual personalizada, ou à frequente leitura dos tratados dos grandes mestres espirituais da Igreja. Olhando assim, o Domingo fica parecendo a alternativa de quem não tem opções, como se fosse menos… Pior, como se celebrar o Domingo fosse dado aos cristãos de “segunda categoria”, àqueles que não podem aprofundar sua fé de outra maneira. A verdade é bem outra. Mesmo para os que participam de grupos ou caminhos espirituais específicos e profundos, o Domingo continua a ser essencial. Aliás, tais caminhos só serão verdadeiramente cristãos se os remeter à celebração do Dia do Senhor. Mas qual é o valor do domingo para o fiel e para a semana que ele vive?”
“Domingo é, ainda, a oportunidade dada a cada fiel de se renovar espiritualmente e de se nutrir para viver durante a semana o seu caminho de discípulo, missionário e ouvinte atento do Evangelho” |
“O Domingo é o principal dia da semana para os cristãos. “É o dia em que eles se reúnem para fazer a memória do Senhor Jesus, morto e ressuscitado, ouvindo a Palavra que a ele se referia (cf. Lc 24,27), bem como obedecendo ao seu mandamento de juntos comermos a ceia (cf. 1Cor 1,25; Lc 22,19). É um dia memorável, porque nos transporta, com a força do Espírito que age na Igreja, ao evento da Páscoa do Senhor. Quem se reúne em comunidade, para celebrar a fé, é levado pelos ritos e pelos sinais, ao Calvário e ao Sepulcro vazio. Lá podemos deixar morrer o que não vai bem em nosso caminho e revigorar a vida nova que vence os desafios, sobretudo a morte e o pecado”.
“A Constituição litúrgica da Igreja, nº 106, ciente da importância do Domingo, o declara como “principal dia de festa” (primordialis dies festus). Isso porque, o Domingo, chamado de dia da ressurreição, é o dia de reconfigurarmo-nos ao Cristo Senhor, isto é, de fazer com que a “figura” da Igreja e de seus membros seja novamente refeita segundo a figura de Jesus ressuscitado, sua Cabeça e Guia. Mas o Domingo é, ainda, a oportunidade dada a cada fiel de se renovar espiritualmente e de se nutrir para viver durante a semana o seu caminho de discípulo, missionário e ouvinte atento do Evangelho”- explica o sacerdote.
“Pensando nisso, propomos a meditação do evangelho dominical, as leituras e orações que o acompanham como itinerário para viver a fé durante a semana. Que este subsídio ajude a aprofundar aquilo que o Domingo oferece semanalmente a quem respondeu ao chamado de seguir o caminho do Evangelho e viver a vida nova em Cristo”- conclui o liturgista.
Para ler o artigo inspirado nas leituras do Domingo da Ascensão do Senhor “Jesus se fez ponte – Cristãos que se fazem ponte” CLIQUE AQUI, ou vá direto ao banner rotativo, do site da Arquidiocese de BH.