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Abertura do Jubileu de 250 anos de peregrinações ao Santuário da Padroeira de Minas Gerais

 
Uma Missa presidida pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo na Ermida da Padroeira de Minas Gerais, na tarde deste domingo, 1º de janeiro, marcou a abertura do Jubileu de 250 anos de peregrinações ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG). 
 
O Jubileu será celebrado durante o ano de 2017, em sintonia com os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida (SP), e os 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal.

Dom Walmor lembrou que o início da devoção e das peregrinações ao Santuário Nossa Senhora da Piedade se deu a partir do relato de um milagre. Uma menina muda teria voltado a falar após a aparição da Virgem Maria no alto da Serra da Piedade. Um lugar de rara beleza, Santuário Mariano que abriga a Padroeira de todos os mineiros.

Durante a celebração, o reitor do Santuário, padre Fernando Nascimento, leu a saudação especial do Papa Francisco enviada ao arcebispo dom Walmor. O Santo Padre concedeu a sua bênção apostólica a todos os peregrinos do Santuário da Padroeira de Minas Gerais e aos fiéis da Arquidiocese de Belo Horizonte. 

 
Neste primeiro dia de 2017, solenidade da Santa Mãe de Deus, dom Walmor recordou a mensagem do Papa Francisco para o 50º Dia Mundial da Paz, dizendo que a revolução do mundo começa no coração de cada um de nós. E que um estilo de vida não violento se faz pelo exercício de saber ouvir, guardar e meditar a Palavra de Deus no coração, sobretudo, proclamando esta Palavra para todos que estejam ao nosso alcance. “A grande revolução que irá mudar o mundo não virá, senão, do nosso coração. Pois é do coração de cada um de nós que nascem as coisas boas e as ruins. Por isso, ponha Nossa Senhora da Piedade em seu coração e ajude
a construir um mundo de paz. Caminhando com Maria, na alegria e na esperança, venha vivenciar a fé neste Santuário Mariano de rara beleza, sentindo a forte presença de Deus e da Mãe da Piedade.”  
 
 
Peregrinações ao Santuário Nossa Senhora da Piedade
 
Há 250 anos, em 1767, um português, chamado Antônio da Silva Bracarena, começou a construir a singela Igreja que hoje é a Ermida da Padroeira de Minas Gerais. Bracarena assumiu esse desafio tocado pelo relato de um milagre. Conta a tradição que uma jovem, surda e muda, passou a falar e a ouvir após testemunhar uma aparição de Nossa Senhora, no alto da Serra da Piedade. Sua história tornou-se conhecida em toda a região, atraindo peregrinos para o território dedicado à Maria, Mãe da Piedade. Bracarena estava no Brasil em busca de riquezas, mas ouve o relato desse milagre e se converte. Decide viver como eremita no alto da Serra e investir tudo o que possuía na construção da pequena igreja, a Ermida da Padroeira. Também inicia a construção de um rústico eremitério – lugar para receber os romeiros. 
 
Antes de sua conversão, Bracarena trabalhava na construção de igrejas e, exercendo esse ofício, conheceu Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que, anos depois, seria reconhecido como o mestre do barroco mineiro. Pediu ao amigo que concebesse uma imagem de Nossa Senhora da Piedade para o altar da capela que estava sendo construída no alto da Serra. Não sabia Bracarena que, anos depois, Aleijadinho seria reconhecido como mestre do barroco mineiro. E a imagem que ainda hoje está no altar da Ermida, um dos primeiros trabalhos de Aleijadinho, conquistaria reconhecimento internacional, pela importância religiosa, cultural e artística.  
 
Em 1960, a partir de decreto do Papa João XXIII, Nossa Senhora da Piedade torna-se oficialmente a Padroeira de Minas Gerais, um reconhecimento à grande devoção do povo mineiro e aos muitos peregrinos que, todos os anos, visitam o Santuário, no alto da Serra da Piedade.
 
 

 



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