A abertura da Porta Santa pelo Papa Francisco marca o início do Jubileu da Esperança. A inauguração oficial do “Ano Santo”, que se inicia em 2025, o 28º Jubileu da história da Igreja Católica, aconteceu na última terça-feira, 24 de dezembro. “Ancorados em Cristo, cruzamos o limiar deste templo santo e entramos no tempo da misericórdia e do perdão, para que a cada homem e a cada mulher seja aberto o caminho da esperança que não desilude.” Foi com essa oração que o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro.
Diante da Porta Santa, o Papa Francisco ficou em silêncio e rezou, enquanto a porta abria-se. O Santo Padre foi o primeiro a atravessá-la, seguido por ministros, 54 representes do povo de Deus provenientes dos cinco continentes e alguns concelebrantes. Após esse rito, o Santo Padre presidiu a Santa Missa, na noite do Natal do Senhor, no Vaticano.
Em sua homilia, o Pontífice leu o anúncio presente no Evangelho de Lucas: “Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor”. “É esta a nossa esperança. Deus é o Emanuel, é Deus conosco. (…) A esperança não está morta, a esperança está viva e envolve a nossa vida para sempre!”
“Deus perdoa sempre e tudo”, sublinhou. “Com a abertura da Porta Santa, afirmou o Pontífice, a porta da esperança foi escancarada para o mundo e Deus diz a cada um: Há esperança também para você! E há esperança para todas as situações de desolação: “E há tantas desolações neste tempo. Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas nas escolas ou nos hospitais”.
Logo em seguida, o Santo Padre recordou que o Evangelho relata que os pastores, tendo recebido o anúncio do anjo, “foram apressadamente” (Lc 2, 16):
“Apressadamente, vamos ver o Senhor que nasceu para nós, para podermos então traduzir a esperança nas situações da nossa vida. Porque a esperança cristã não é um “final feliz de um filme” que deve ser aguardado passivamente: é a promessa do Senhor a ser acolhida aqui e agora, nesta terra que sofre e geme.”
Já em outro momento de sua meditação, o Papa Francisco lembrou aos fiéis que este jubileu é tempo de esperança, tempo de transformação:
“Irmãos e irmãs, este é o Jubileu, este é o tempo da esperança! É tempo de transformação para a nossa mãe Terra, desfigurada pela lógica do lucro; para os países mais pobres, sobrecarregados de dívidas injustas; para todos aqueles que são prisioneiros de antigas e novas escravidões; para os lugares profanados pela guerra e pela violência”.
Ao fim de sua homilia o Santo Padre sublinhou:“Nesta noite, irmã, irmão, é para você que se abre a ‘porta santa’ do coração de Deus. Jesus, Deus-conosco, nasce para você, para nós, para cada homem e mulher. E com Ele a alegria floresce, com Ele a vida muda, com Ele a esperança não desilude.”
A Porta Santa permanecerá aberta durante todo o ano para simbolizar a passagem dos peregrinos. Na tradição da Igreja Católica, um Jubileu é um tempo especial de graça, conversão e renovação espiritual. Nas dioceses, a abertura do Ano Santo ocorre no dia 29 de dezembro, domingo, Solenidade da Sagrada Família. O Jubileu termina em dezembro de 2025.