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A imagem de Deus como Deus-Amor

Vamos, aos poucos desenvolvendo, ou seja, reconstruindo a imagem de Deus para o hoje da nossa vida. Qual a imagem que temos de Deus: A Sagrada Escritura nos ensina, com uma grande variedade de termos e de imagens, que a misericórdia de Deus é eterna, sem limites no tempo, e sem limites de lugar. Ela é universal, pois não se limita a um povo ou a uma raça, mas se abre a todos os povos e nações.

São Paulo, ao nos dizer sobre a “imagem de Deus” ele faz referencia a Jesus. Jesus Cristo é “a imagem visível do Deus invisível”. Em palavras simples, tudo o que Jesus fala e faz: palavras e obras, tudo isso é para nos revelar Deus, o Pai em seu mistério.

Quando Jesus se senta com as mulheres e prostitutas, é Deus que quebra todo tipo de preconceito e distinções; quando ele perdoa um pecador, é Deus que abre os braços para nos acolher; quando ele come com os pecadores e publicanos, é o Pai que se abre a cada pessoa e a acolhe com carinho e ternura. Veja como é grande o nosso Deus. Ele é Pai, ele nos ama, pois, «em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação» (2Cor 5, 19).

Quando permitimos que Deus aja em nossa vida, ele a transforma e nos transporta para uma nova imagem, a de um Deus que é bom, que é amor. Um Deus que para falar de sua existência, só por meio do amor, da benevolência e da graça.

A graça de Deus é, antes de tudo, descobrir o seu amor pela humanidade e vivê-lo junto aos outros, pois a resposta humana à graça só pode se dar por meio do amor. Só amando podemos dialogar com Deus-amor.

Quem ama só pode amar na gratuidade e na liberdade. Se correspondido no amor, maravilhas acontecem, mas se não recebe a resposta humana do seu amor, continue amando acreditando que um dia essa resposta virá. Enquanto espera, sabemos que há dor e sofrimento. No caso do amor de Deus, ele sempre permanece, pois Deus nunca desiste. E ele está sempre a provocar a resposta de amor do ser humano, amando-o por antecipação e gratuidade. Ele se doa, seduz a humanidade e espera que todos possam render a esse amor por meio da graça. A humanidade precisa desse amor.

Ao definir Deus como amor e bondade, Jesus, na verdade, revela a si mesmo como a total e pura transparência de Deus.  
Vamos continuar nossa conversa no próximo encontro.

Neuza Silveira de Souza
Coordenadora da Comissão Arquidiocesana Bíblico-Catequética de Belo Horizonte



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