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A Epifania do Senhor

 
 
Continuamos a nossa reflexão sobre o Tempo de Natal, que vai desde as primeiras vésperas do Natal até o domingo depois da Epifania, ou seja, até a festa do Batismo do Senhor. Trata-se de um tempo de comemoração do nascimento de Jesus, em que celebramos a troca de dons entre o céu e a terra, pedindo a nossa participação na divindade do Filho, aquele que uniu a nossa humanidade ao Pai. Nesse ano, vamos celebrar a Epifania do Senhor no domingo, dia 4 de janeiro. É a solenidade da universalidade da salvação oferecida como dom de Deus a toda a humanidade.
 
Unidos a Cristo
somos convocados
a viver o ato da fé nos engajando à vida do
Cristo, ofertando
a ele a nossa própria
vida, ela mesma,
dom de Deus
Nesse ano que se inicia, temos muito a celebrar, orientados e iluminados pelos ensinamentos do Evangelho segundo Marcos, e respondendo ao seu clamor de crença e conversão no qual ele insiste: “Convertei-vos e Crede na Boa Nova” (Mc 1,15), caminharemos em busca de “quem é Jesus Cristo” para nós. Um ano dedicado à Vida Consagrada, oportunidade para agradecermos ao Espírito Santo o precioso dom que nos dá para viver o seguimento de Jesus. Esse, também, é o desejo expresso do Papa Francisco.
 
No Brasil, 2015 será também o “Ano da Paz”. Convocados a promovermos a Paz por meio de atos e ações, colocando-nos sempre disponíveis para o irmão, a Igreja do Brasil nos convida e nos oferece um caminho a percorrer,  proposto pela Campanha da Fraternidade que tem como tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e como lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45).
 
Ao vivenciar  esse período rico da nossa Igreja, em que somos chamados pelo Papa Francisco para uma conversão missionária, que  nós, catequistas, possamos ser uma Igreja em saída.  Testemunhas da alegria do Evangelho, da vida em Jesus Cristo. E, na prática do Evangelho, sabermos discernir os sinais dos tempos e perceber o que Deus pede a cada um de nós. 
 
Unidos a Cristo, somos convocados a viver o ato da fé nos engajando à vida do Cristo, ofertando a ele a nossa própria vida, ela mesma, dom de Deus. Nessa entrega, cada um faz a sua experiência de Deus.
 
O que sabemos sobre a palavra “Epifania”?
 
Todos os reis se prostrarão diante dele, as nações todas o servirão
A palavra “epifania” significa aparição, manifestação e vem do grego “epiphanéia”.   Em seu sentido filosófico, significa uma sensação profunda de realização na forma de compreender a essência das coisas.
 
No sentido religioso, no calendário litúrgico da Igreja Católica, significa manifestação divina. Algo que ocorreu, por exemplo, na apresentação de Jesus Cristo ao mundo, por meio da chegada dos Reis Magos que levavam presentes ao Filho de Deus. Nesse sentido, a Igreja Católica comemora a Epifania do Senhor, ou seja, a manifestação de Cristo, dois domingos depois do Natal, conhecido por todos os cristãos católicos como “Dia de Reis”.
 
Uma interpretação sobre a visita dos Reis ao menino Jesus, nos diz ser o cumprimento da profecia lida no Salmo 72,11: “Todos os reis se prostrarão diante dele, as nações todas o servirão”. Sobre os presentes ofertados, estes trazem seus significados da antiguidade:  
 
O ouro era um presente para um rei, representando a realeza; 
 
O incenso (olíbano) era um presente para um sacerdote, representando a fé. Nos trás à memória como era usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmo 141,2a: “Suba minha prece como incenso em tua presença”);
 
A mirra, presente para um profeta. Usado desde a antiguidade para embalsamento, a mirra nos remete à morte de Jesus. Segundo o Evangelho de João capítulo 19, versículos 39-40, a mirra foi usada no embalsamento de Jesus: “Nicodemos, aquele que anteriormente procurara Jesus à noite, também veio, trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Eles tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho com os aromas, como os judeus costumavam sepultar”.
 
Além da celebração da Epifania dos Magos do Oriente, a Igreja celebra como eventos, também, a Epifania a João Batista no Rio Jordão e a Epifania  quando o Cristo tornou-se conhecido pelo milagre de Caná.
 
Neuza Silveira de Souza
Coordenadora da Comissão Arquidiocesana Bíblico-Catequética de BH


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