Migrantes e Refugiados que vivem na Região Metropolitana de Belo Horizonte se reuniram em uma Manhã de Cidadania, no Parque Ecológico do Eldorado, em Contagem (MG). O evento marcou o encerramento da 33ª Semana do Migrante, realizada de 24 a 30 de junho pelo Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte, Caritas Regional Minas Gerais e Serviços Jesuíta a Migrantes e Refugiados
A Manhã de Cidadania reuniu, no sábado, dia 30, cidadãos haitianos, congoleses, peruanos, colombianos, dentre outros que participaram de uma feira de alimentos e artesanatos, com apresentações de músicas e danças de seus países. Aos migrantes e refugiados foram oferecidos serviços gratuitos relacionados à saúde, emissão de documentos, educação e lazer. Eles também participaram de momentos de oração, diálogo e reflexão.
A programação foi aberta com Celebração Eucarística no Santuário Arquidiocesano de Adoração Perpétua Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, prosseguindo, no dia 29, com uma Roda de conversa na Escola Superior Dom Hélder Câmara. Participam representantes do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de BH, o haitiano Georges Phanel, o secretário da Cáritas Regional Minas Gerais, Rodrigo Pires, o diretor do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, padre Agnaldo Junior, e o advogado coordenador da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Wiliam Laureano.
Milhares de migrantes e refugiados são acolhidos em BH e Região Metropolitana
A concentração maior de migrantes e refugiados na Região Metropolitana de Belo Horizonte é de haitianos. Estudos realizados nos anos de 2010 e 2011, apresentam uma estimativa de 3 mil migrantes dessa nacionalidade. Em 2015, segundo o Governo de Minas Gerias, esse número já havia alcançado a marca dos 5 mil migrantes.
Para ampará-los, o Serviço Jesuíta a Migrantes Refugiados de Belo Horizonte desenvolve inúmeras atividades – orientações e assessoria para a regularização migratória, suporte para a obtenção de documentos, assessoria jurídica, preparação para o mercado de trabalho, encaminhamento a programas sociais, acompanhamento familiar e psicológico, ensino da Língua Portuguesa e distribuição de roupas. No ano de 2016 e 2017, O Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados de Belo Horizonte realizou cerca de 13.000 atendimentos – média de 6.500 por ano. Em 2018, de janeiro até maio, 1.700 atendimentos foram realizados.