Dom José Otacio Oliveira Guedes
Ordenado bispo no dia 10 de agosto de 2024, em Niterói (RJ), dom José Otacio Oliveira Guedes foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte pelo Papa Francisco. A nomeação foi comunicada pelo Vaticano no dia 15 de maio. Mineiro de São Sebastião do Maranhão, dom José Otacio Oliveira Guedes nasceu no dia 26 de fevereiro de 1974 – filho de Adão de Souza Oliveira e Aulíria Alves Guedes. Ingressou no Seminário São José da Arquidiocese de Niterói, no Rio de Janeiro, em 1991, concluindo a formação inicial no Colégio Maria Mater Ecclesiae, em Roma. Foi ordenado diácono em 9 de outubro de 1999, e presbítero em 29 de agosto de 2000, por Dom Carlos Alberto Navarro.
Doutor em Teologia Bíblica pela PUC-Rio (2008-2012), mestre em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1998-2001), bacharel em Teologia pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, Roma (1995-1998) e graduado em Filosofia pela Faculdade São Bento do Rio de Janeiro – FSBRJ (1993-1994), foi padre formador no Seminário Maior da Arquidiocese de Niterói, vice-reitor (2001-2003), reitor do Seminário Maior (2004-2006) e formador dos seminaristas de Filosofia (2013-2016). Na Arquidiocese de Niterói, exerceu a missão de capelão da Igreja Imaculada Conceição, em Niterói (2001-2006), membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores (2004-2006), pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo de Venda das Pedras, em Itaboraí (RJ), de 2006 a 2012. Dedicou-se à direção do Instituto Filosófico e Teológico do Seminário São José de Niterói (2013-2016), foi assistente da Pastoral Universitária (2013-2016), coordenador dos Cursos de Teologia para Leigos e de Formação para catequistas da Arquidiocese de Niterói (2013-2016).
No campo acadêmico, lecionou exegese do Novo Testamento na graduação e pós-graduação da PUC-Rio (2003-2008; 2012-2017).
De 2017 a 2020, foi missionário na Arquidiocese de Porto Velho (RO), no projeto Igrejas Irmãs, onde se dedicou à administração da Área Missionária de União Bandeirantes e da comunidade Santa Dulce dos Pobres do Bairro Novo, ao Seminário São João XXIII e à Faculdade Católica de Rondônia, instituições em que foi professor.
Recentemente, dedicou-se à missão de reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma.
Brasão
No centro do brasão está o sol, que remete à fonte de luz da Igreja:
Jesus Cristo. Jesus está identificado com as letras iniciais gregas do
seu nome (ISH iota, sigma, eta). O Senhor Jesus está no início, ele é o
caminho e é a meta da vida cristã. Ele é “o sol nascente do alto para
nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas” (Lc 1,78-79). Ele é a
luz cantada na liturgia pascal, luz que guia o Povo de Deus e atrai toda
a humanidade ao caminho da salvação, ao destino último: a plena
comunhão na glória eterna. Lembra também o símbolo Jesuíta do
Papa Francisco, atual sucessor de Pedro.
As montanhas na Bíblia são lugares escolhidos por Deus para se
manifestar. A montanha é um lugar do diálogo com Deus,
aproximando-se d’Ele, no silêncio e na oração. Cada crente pode rezar
com as palavras do Salmo 121,1-2: “Levanto os olhos para os montes:
de onde me virá o auxílio? Meu auxílio vem do Senhor, que fez o céu e
a terra”. Além disso, as montanhas dominam as terras mineiras,
particularmente, o acesso ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade.
Na primeira caixa, no canto superior esquerdo, encontramos a estrela, que na heráldica indica a Virgem Santa. Lembrando a célebre expressão de São Bernardo, “olha a estrela, invoca Maria”, a “estrela que anuncia o sol da justiça” (Hino Akathistos). A Virgem Maria é o ícone da Igreja, a primeira discípula. A virgem Maria é venerada sob o título de “Nossa Senhora Auxiliadora”, padroeira aeque principalis da Arquidiocese de Niterói. Ela é também venerada em Belo Horizonte como “Nossa Senhora da Piedade”. A coroa lembra a realeza, mas também o Espírito Santo que fecunda a Virgem Maria, fecunda a Igreja e faz fecunda também a missão do bispo.
Na segunda caixa, no canto superior direito, encontramos os símbolos que lembram o Apóstolo São Paulo, mestre da fé e modelo missionário. A espada remete à luta missionária de Paulo e também à Palavra de Deus descrita na “armadura do cristão” da carta aos Efésios (Cf. Ef 6, 17); essa Palavra que é “viva e eficaz” (Hb 4, 12). A pregação da Palavra ocupa lugar primário no munus de ensinar do bispo. A serpente indica a experiência de Paulo na ilha de Malta (At 28,3-6) e, sobretudo, a promessa de Jesus, de que o crente não sucumbe à mordida da serpente (Mc 16,18).
O Lema retoma as palavras de São Paulo no final do primeiro capítulo da segunda carta aos Coríntios: “Não somos senhores da vossa fé, mas colaboradores da vossa alegria” (2Cor 1,24). O Bispo é o “colaborador da alegria” daqueles que Deus lhe confiou, porque lhes anuncia e lhes dá na graça sacramental da Igreja, a experiência da Santíssima Trindade, fonte e pátria da verdadeira vida, através do Filho Jesus Cristo, único Redentor do mundo. Essa alegria é aquela cuja promessa é que seja plena (Cf. Jo 15,11).