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[Artigo] A Bíblia, o mais simbólico dos livros – Neuza Silveira, Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte

Com o propósito de lembrar sempre a importância de o nosso trabalho catequético estar sempre em sintonia com o seguimento de Jesus,  continuamos os nossos estudos sobre a Bíblia. Conforme já mencionamos, a Bíblia é, para nós, o mais simbólico de todos os livros. Nela pode-se encontrar a Palavra de Deus que está na Bíblia e na vida e assim, melhor compreender a sua mensagem.

O nosso Diretório Nacional de Catequese, em seu número 147, chama atenção para os meios que devemos utilizar para alcançar os objetivos de bem realizar o nosso trabalho de evangelização inspirados na pedagogia da fé.

Citando o Diretório Nacional de Catequese:

Impulsionar a pessoa a aderir livre e totalmente a Deus, promovendo uma progressiva e coerente síntese entre a plena adesão do ser humano a Deus e o conteúdo da mensagem cristã.

Introduzir no conhecimento vivo da Palavra de Deus contida na Bíblia e desenvolver as dimensões da fé tendo referencia o CIC em seus números 123 a 131.

Ajudar no discernimento vocacional das pessoas para que assumam, na Igreja e na sociedade, a partir da fé, o seguimento de Jesus do modo mais condizente com suas potencialidades, aspirações, como escolha existencial, colocada sob o olhar de Deus.

Ainda citando o DNC, somos chamados a atenção para a dimensão espiritual dessa pedagogia da fé. Somos orientados para a prática das seguintes atitudes:

  • clima de acolhimento e docilidade para o dom do Espírito, diante do qual se impõe uma atitude de humildade e obediência. Ele é o principal catequista;
  • ambiente espiritual de oração e recolhimento: a catequese é sempre uma palavra dita “no Espírito”, em clima espiritual e de oração;
  • Palavra dita com autoridade e fortaleza: o catequista como os profetas guiados pelo Espírito, pronuncia uma palavra corajosa, criativa segura, pois tem consciência de ser enviado por Deus. Sabe que sua força reside em Deus, uma vez que está agindo em comunhão com a comunidade.

Diante dessa grave missão, o catequista precisa de sólida formação, humildade, senso de responsabilidade, espiritualidade e inserção na comunidade.

Vamos dar uma olhadinha nos números do catecismo. O número 147.2 do DNC cita como um dos objetivos para bem evangelizar o conhecimento vivo da Palavra de Deus e nos convida a dar uma olhada no catecismo em seus números 123 a 131. O que eles dizem?

Eles ressaltam a importância do Antigo Testamento para os cristãos. Fala-nos da Palavra de Deus no Novo Testamento que é força de Deus para todos aqueles que creem. Esses escritos do NT fornecem-nos a verdade definitiva da Revelação divina. Seu objeto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação, assim como os inícios de sua Igreja sob a ação do Espírito Santo.

Nos Evangelhos encontramos: a vida e os ensinamentos de Jesus, a tradição oral que se refere ao que o Senhor dissera e fizera, e o que os apóstolos transmitiram aos ouvintes, após a ascensão do Senhor. Temos os Evangelhos escritos. Este Evangelho apresentado pelos evangelistas, autores sagrados, ocupa na Igreja um lugar único. A liturgia nos ajuda a vivencia-lo, torna-lo vivo em nossa realidade.

Diz-nos, ainda, o CIC: Não existe nenhuma doutrina que seja melhor, mais preciosa e mais esplêndida que o texto do Evangelho. A Igreja, no caminhar constante em sua Tradição, iluminou a unidade do plano divino nos dois Testamentos graças à Tipologia, que ajuda a todos os cristãos a Lerem o Antigo Testamento à luz de Cristo morto e ressuscitado.

O Novo Testamento também exige ser lido à luz do Antigo. A catequese iniciática também recorre a ele. Há um adágio antigo, isto é, um ditado pupilar, ou um provérbio que diz: “O Novo Testamento está escondido no Antigo, ao passo que o Antigo é desvendado no Novo”.

O descobrimento desse esconderijo do NT no Antigo e o desvelamento do AT no Novo acontece quando nos propomos a estudar um pouco a Palavra de Deus. Para isso existem muitos instrumentos e métodos. Dentre eles tem-se o que se chama de Exegese, hermenêutica, Estudos dos gêneros literários, o conhecimento das línguas de origem dos escritos, a Tipologia. Os estudiosos vão aprofundando o conhecimento da Palavra e vai ajudando a nós, catequistas, de forma simples, a compreendê-la melhor. Por isso a importância de se fazer presentes na formação de catequistas.

Devagar, nos primeiros passos e com métodos simples que nós catequistas podemos fazer, vamos realizar um caminho itinerante para fazer uma boa leitura dos textos bíblicos.

Vamos conhecer Jesus, compreender seus ensinamentos, e apresenta-los aos nossos catequizandos e, assim, cumprir nossa missão de, a partir de uma catequese querigmática e inspiradora, caminharmos com Jesus.

Vamos Juntos?

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.

 



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