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Wilma Dias

Completo, neste ano de 2021, com grande alegria e entusiasmo, uma caminhada iniciada em 1960, nesta Arquidiocese de Belo Horizonte. Tempo de grandes realizações e comprometimentos com a evangelização e testemunho de fidelidade ao meu batismo. Iniciei meu trabalho na Paróquia Nossa Senhora das Graças e Medalha Milagrosa, como catequista em março de 1960, incentivando a catequese das crianças, e posteriormente com seus pais. Foi um ano de crescimento muito grande na Paróquia com o incentivo da catequese que deixa de ser catecismo para ser catequese e, com o apoio do incansável Pároco Mons. Cândido João São Thiago.

Entre os anos de 1962 a 1964 como Irmã salesiana atuamos em Cachoeira do Campo na Paróquia daquela cidade e no Colégio Pio XII em Belo Horizonte. Incentivando o trabalho de
formação de catequistas. No Colégio inauguramos um ardor missionário, no segundo grau, na descoberta de vocacionadas.

De 1965 a 1967, trabalhamos no Externato Nossa Senhora Auxiliadora ligado à Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem. Ai, vimos um desabrochar catequético vibrante com o apoio do pároco Padre Paulo Regolio em meio aos catequistas e leigos atuantes na comunidade. Surgiu ali um primeiro grupo de leigos/leigas vivenciando o papel do leigo na Igreja. Trabalhamos na escola com alunos superdotados que logo foram se identificando e tentando descobrir sua verdadeira vocação junto a reuniões com os pais deles.

Em 1968 fui para Pará de Minas, para o Educandário onde se atendia jovens órfãs, a maioria proveniente da cidade do Rio de Janeiro. Neste local e, com viagens constantes a Belo Horizonte pudemos avançar na experiência catequética para os deficientes. De 1971 em diante, permanecemos nesta Arquidiocese vivenciando só a Evangelização. Fomos convidadas pelo Frei Paulo Castagna – Capuchinho a coordenar a catequese da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no bairro da Pompéia/BH e setor leste da Arquidiocese. Iniciamos o trabalho com 5 catequistas e 90 catequisando. O fervor tomou conta do nosso coração e o entusiasmo do Pároco fez o trabalho avançar muito.

Começamos um agregar das Paróquias da região e, rapidamente a experiência de trabalho comunitário pegou. Paralela a catequese com as crianças criamos a catequese para os adolescentes, em seguida para os pais. Foram tantos os desejos que ali, em 1975, criamos o Conselho Paroquial de Leigos. Os pais das 7 Paróquias reuniam a cada mês e pediam algo maior. Em 1978 Dom Arnaldo Ribeiro nos convida para coordenar a catequese arquidiocesana. No ano 1980, Dom Serafim Fernandes de Araújo nos incentiva a criar o Ensino Religioso, como coordenadora.

Em 1982 criamos o Colegiado dos Leigos e Leigas da Arquidocese dando vigor ao trabalho dos leigos na Igreja. Neste tempo os pais da catequese do setor leste, especialmente da Paróquia da Pompéia, e os pais da catequese da Paróquia Nossa Senhora da Consolação deram força e criamos a Pastoral Familiar da Catequese da Arquidiocese. Em 1986 os jovens destas paróquias e, mais outras duas pediram a criação da Pastoral da Juventude que foi em ato de vanguarda e entusiasmo de nossa juventude. As reuniões, em geral, eram realizadas na sala de catequese do Edifício Pio XII, situado na rua Espírito Santo.

Neste período iniciamos, também, a Pastoral do Batismo na Paróquia da Pompéia que rapidamente expandiu. O Ensino Religioso teve facilidade de implantação pois, o Secretário de
Estado da Educação de MG, Prof. Octávio Elísio, logo convocou Dom Serafim e, eu, Wilma de O. Dias para uma belíssima reunião. E a cada mês nos reunia para trocar ideias sobre o serviço recém-criado em Belo Horizonte e expandido para todo o Estado.

A Pastoral Familiar também expandiu, com o apoio do Arcebispo e, do Bispo Auxiliar, do Pe. Nédio e Wilma Dias. Era a pastoral necessária ao momento de início das crises familiares.  Logo, o Leste II aproveitou o modelo e também a criou. Nossa alegria neste caminhar é que a Arquidiocese de Belo Horizonte se tornou Mãe de quase todas estas experiências pastorais, pois, eram modelos para a CNBB Leste II.

Neste pulsar sob o fortalecimento do Pe. Alberto Antoniazzi, caminhamos com muita coragem nesta renovação da Igreja particular de Belo Horizonte. Com o apoio do colegiado de cristãos leigos, avançamos pela renovação desta Igreja através das Assembleias Arquidiocesanas de Pastoral que teve seu início com o Projeto Pastoral Construir a Esperança; em 2000 fomos convidadas a coordenar o SEIA – Serviço de Evangelização e Informação da Arquidocese, local que coordenava toda a pastoral arquidiocesana.

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