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Dom Walmor celebra Missa pelos 70 anos do Mosteiro de Nossa Senhora das Graças – 10 de novembro

Há setenta anos, Belo Horizonte recebia o primeiro grupo de monjas beneditinas para dar início a uma importante missão: fundar o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças.  Atendendo ao pedido de Dom Antônio dos Santos Cabral – arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte, as religiosas deixaram a Abadia de Santa Maria, primeiro mosteiro beneditino da América Latina, para irradiar a espiritualidade da Regra de São Bento em solo mineiro. No próximo dia 10 de novembro, às 8h, esta importante data será lembrada durante Celebração Eucarística.  O arcebispo metropolitano e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidirá a Missa na Abadia de Nossa Senhora das Graças.

Conciliando o lema Ora et Labora (oração e trabalho), as monjas beneditinas dedicam sua vida ao louvor divino, oração, trabalho, estudos e atendimentos àqueles que buscam uma maior intimidade com Deus.  Localizado na região Sul de Belo Horizonte, o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças sempre procurou ser presença no mundo, dando testemunho de fidelidade à Igreja. Atualmente, cerca de 40 monjas integram a comunidade monástica da capital mineira, que dia e noite, no recolhimento e na vida simples, dão continuidade aos ensinamentos deixados, como herança espiritual, por São Bento.

CD comemorativo

Durante a comemoração dos 70 anos, as irmãs do Mosteiro de Nossa Senhora das Graças apresentarão o CD “Cantarei ao Senhor por toda a vida”. Além de canto gregoriano, os interessados poderão apreciar bonitas canções marianas. A produção conta com a regência da maestrina Marilene Gangana e do cravista Antônio Carlos de Magalhães.

Celebrações

No Mosteiro, as missas são celebradas diariamente, conciliando canto em vernáculo e canto gregoriano. De segunda a sábado, ocorrem às 7h; aos domingos, às 8h. O Ofício Divino é rezado de forma ininterrupta, em horários específicos do dia, tendo início às 04h50 da manhã (Vigílias) e concluindo às 19h30, com a oração das Completas.

Acolhida aos pobres

Além da intensa e bonita vida cotidiana, o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças acompanha crianças, adolescentes e adultos por meio de sua Obra Social. Os encontros com os assistidos ocorrem aos domingos, após a missa das 8h, em um espaço chamado de “Pavilhão”, localizado no Conjunto Santa Maria.  Neste local, as famílias participam de catequese e recebem, além do carinho,  o  auxílio por meio de donativos.

Localização e informações

O Mosteiro de Nossa Senhora das Graças fica na Rua do Mosteiro, 138, Vila Paris, Belo Horizonte. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3344 4344 ou por e-mail mnsgbh@gmail.com.

Mensagem de dom Walmor dedicada aos 70 anos do Mosteiro Nossa Senhora das Graças

Escola da Oração

O Mosteiro Nossa Senhora das Graças celebra momento muito especial da sua bonita e importante história: 70 anos, quase um século de vida dedicada às orações. Motivo de júbilo para a comunidade das monjas beneditinas e, especialmente, para o Povo de Deus na amada Arquidiocese de Belo Horizonte, o Mosteiro é nobre escola, onde se aprende um importante tratado da ciência do bem viver e de qualificação da existência: a prática da oração. Infelizmente, a mentalidade racionalista no mundo contemporâneo, que muitas vezes não consegue compreender o valor do transcendente, e o apego à ilusória alegria advinda de bens materiais prejudicam a vida oracional, tão necessária. A tendência de banir o divino, a espiritualidade, como referencial produz vazios que causam adoecimentos, impactam a existência. Resgatar a oração, tornando-a prática cotidiana, é cura.

É preciso recordar e se inspirar nos anseios dos apóstolos, que pediram ao Mestre: “Senhor, ensina-nos a rezar”. Dedicar-se às preces é um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, tão difundidas na atualidade, com a promessa de solução para acabar com o vazio existencial. Ora, esse vazio, para ser dissipado, necessita da presença amorosa de Deus. E para ouvi-Lo, é preciso dedicar-se à oração.

Há uma tendência contemporânea a aberturas por milenares práticas meditativas, sinal de que a cultura ocidental anseia e pode revisitar os tesouros de sua herança cristã, para melhor entendê-la e vivenciá-la. Nesse percurso, oportuno é ouvir o que diz um autor do século quarto: “A oração é a luz da alma”. Dedicar-se aos momentos de preces é caminho singular, que fecunda a fé. A prática da oração, de modo disciplinado, permite ao ser humano reconhecer suas bases, revisitar o que lhe é essencial: sua conexão com o sagrado. Proporciona, entre outros benefícios, mais fraternidade e experiências de solidariedade.

Voltar-se para a interioridade, em diálogo com Deus, rezar uns pelos outros, é bonita e necessária atitude. Trata-se de contraponto ao consumismo e à autossuficiência humana. O mundo atual louva os avanços tecnológicos, os progressos da ciência, mas se esquece de que tudo isso, embora necessário e admirável, produz equívocos e inúmeras contradições, que exigem discernimento e sólido embasamento humanístico. E orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Permite o reconhecimento de limites. Leva à conversão.

Deus seja sempre louvado pelo dom da vida dos que se dedicam à oração. De modo especial, pelo “sim” de cada monja beneditina, do Mosteiro Nossa Senhora das Graças. São 70 anos de serviços, ensinando a cada pessoa sobre a força e a centralidade da oração na trajetória de toda a humanidade.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)



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