Você está em:

Imagens da semana – 18 de outubro de 2019

Vaticano: Arcebispo preside Celebração Eucarística no Colégio Pio Brasileiro, no Vaticano


O arcebispo dom Walmor presidiu a tradicional Missa pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida, celebrada em Roma no Colégio Pio Brasileiro. Dom Walmor foi aluno da Instituição, que se detica à formação de sacerdotes.

A capela do Pio Brasileiro ficou lotada de padres, religiosas e da comunidade brasileira que vive na capital italiana. Para dom Walmor, foi uma alegria presidir a celebração eucarística exatamente no dia de Nossa Senhora Aparecida, pois, há 42 anos, uma semana após sua chegada a Roma para estudar no Pio Brasileiro, participou exatamente desta missa do dia 12 de outubro. “Eu tinha apenas 23 anos e um mês de ordenado. Sinto muita gratidão por esse lugar. O Pio Brasileiro é um pulmão importante para a Igreja do Brasil”, afirmou o presidente da CNBB.

Em sua homilia, dom Walmor afirmou que, mesmo diante de todas as dificuldades que enfrentamos, nunca podemos nos sentir sozinhos porque a Mãe Aparecida caminha conosco.

“A festa da Mãe Aparecida reaviva em nós a ideia de que somos discípulos e discípulas. Ela é a mãe de todos e não nos deixa sozinhos no desafio da missionariedade. Nunca se ouviu dizer que quem a ela recorre tenha sido abandonado”

Sobre o evangelho de hoje, das Bodas de Caná, dom Walmor meditou sobre a frase “Fazei tudo o que Ele vos disser”: “Não é fazer por fazer, não é fazer por nossas aptidões, é o fazer que nasce do sentido da oferta, a oferta que a gente tem que fazer de si próprio todos os dias”, explicou.

O arcebispo dom Walmor, que preside Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está em Roma desde o início do mês, participando do Sínodo dos Bispos para a Amazônia.

Sínodo para a Amazônia: dom Walmor conduz reflexão em reunião com o Papa Francisco

O arcebispo dom Walmor conduziu momento de reflexão logo após a oração da Hora Média, na manhã desta terça. Na reunião, com a presença do Papa Francisco, o Arcebispo e presidente da CNBB propôs uma pergunta para nortear sua apresentação: “Como pode o amor de Deus permanecer nele?” . E continuou: “Esta é a interpelante pergunta respondida por São João no terceiro capítulo de sua primeira carta. A resposta à esta pergunta é a questão central na construção da autenticidade no seguimento de Jesus. O discípulo e a discípula são remetidos a uma verificação do tecido que configura o núcleo mais íntimo de seu ser. A referência ao coração, a estação da interioridade, muito além de qualquer possível e arriscado intimismo, é pôr-se em corajoso exercício de análise e levantamentos a respeito da constituição misericordiosa de si mesmo”.

O coração do discípulo, segundo dom Walmor, “é visceralmente constituído dos sentimentos norteadores da competência de ver o outro e a ele não se fechar, mas sobre ele debruçar-se, comovendo-se, para atender-lhes demandas à luz do conhecimento de suas necessidades e carências”.

Falando da compaixão, afirmou que “é o selo, único e insubstituível selo de autenticidade, cujas raízes de exemplaridade se encontram no modo de ser do Mestre Jesus, aquele que tem compaixão dos seus, ovelhas sem pastor, consciente de sua missão de ungido e enviado para anunciar a boa nova dos pobres, anunciar-lhes o ano da graça, em vez de cinzas, o óleo da alegria”.

Ao discípulo é indicado o caminho da resposta à inquietante interrogação, “como pode o amor de Deus permanecer nele?” Uma interrogação que há de ser o mais significativo incômodo existencial no processo diário de qualificação discipular. Põe-se em questão uma indispensável envergadura, disse o Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, que é projeto divino em nós. O princípio é lembrado: (1J0 3,1) “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos. Esta é a moldura da interpelação existencial posta pela palavra de Deus agora proclamada”.

Dom Walmor continuou afirmando que “um holofote aceso iluminando a consciência humana interpela à percepção e impacto de sua condição, filho de Deus, considerado o presente grande dado pelo pai: somos chamados filhos de Deus. E nós o somos”.

Esta condição gratuita e amorosa se impulsiona pelo princípio do amor cuja lógica há de ser considerada como condição de fomentar o novo em lugar do velho que corrompe: (1 Jo 4,10-11) “Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados”.

“Pois esta é a mensagem que ouvistes desde o início: que nos amemos uns dos outros.” Só esta é a escolha possível. Não há outra. A outra opção possível é o pecado. Ora, aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo é pecador desde o princípio. Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo”. (1 Jo 3,10-13) “Nisto se revela quem é filho de Deus e quem é filho do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não é de Deus, como também não é de Deus quem não ama o seu irmão. Pois esta é a mensagem que ouvistes desde o início: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que, sendo do Maligno, matou o seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, ao passo que as do seu irmão eram justas”.

Clareia o horizonte interpelativo diário para nos incomodar e, amparados e fecundados pela graça de Deus, sublinhou dom Walmor, darmos conta do que nos compete, exatamente na contramão do “possuir riquezas neste mundo e vê o seu irmão passar necessidade, mas diante dele fechar o seu coração. Somos desafiados a uma finesse relacional de modo que não amemos só com palavras e de boca, mas por ações e na verdade. A verdade de Cristo é sua compaixão, suas entranhas de misericórdia”.

E sempre exigente, porque diária e de todo momento, a tarefa de conseguir estar, existencialmente, dentro do princípio da qualificada filiação divina: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou. Não há outra alternativa senão amar de verdade, correndo sempre o risco de ser dada por descontada, por justificações ou comodidades, por incompetência relacional ou entupimentos humanos afetivos, por estreitezas ou por mesquinhez. Nenhuma condição humana, com as circunstâncias que a configuram, está isenta do distanciamento do amor de verdade.

Dom Walmor também recordou o dia em que a Igreja faz memória de Santa Teresa, virgem e doutora da Igreja. “Parece oportuno reportar-nos ao que ela indica como exercício vivencial diário, o que constitui a dinâmica da primeira morada do Castelo Interior/Moradas, uma de suas obras clássicas: Ela descreve a primeira morada com a indicação de duas dinâmicas sempre e permanentemente fundamentais na conquista e manutenção da qualificação da condição de filhos e filhas de Deus, discípulos e discípulas de Jesus, para a competência de amar de verdade: Conhece-te a ti mesmo e a Humildade”.

Ela lembra que mesmo tendo alcançado, permanente ou momentaneamente, o matrimônio espiritual, intimidade fecunda no amor de Deus, por limitação do humano, escorregamos e caímos no estágio sempre primeiro que requer exercitar a humildade e o conhecimento de si mesmo. Ninguém pode alimentar a pretensão de ter ultrapassado o estágio deste exercício espiritual diário sob pena de ilusão, endurecimento que entope e produz a dureza de coração que prejudica os pobres, faz sombra à razão, faz gostar de títulos, privilégios e dos primeiros lugares, se deixando levar pela disputa ou tomado por indiferenças, incapacitando para o alcance de percepções para gestos concretos de solidariedade, desapego, simplicidade.

Ao contrário, alimentando à semelhança do coração dos fariseus um coração duro, o gosto pelas filactérias, amigos do dinheiro, distanciados também da misericórdia, da justiça e da verdade. “Santa Madre Teresa – concluiu Dom Walmor – nos indica este fecundo caminho, como exercício espiritual e existencial permanente, conhecer-se a si mesmo e a humildade para qualificar nossa cidadania e nos oportunizar, fecundados pela graça de Deus, a conquistar a envergadura de verdadeiros filhos e filhas de Deus, dando tecido bom à nossa cidadania, com força de testemunho transformador e profética atuação no mundo testemunhando o Reino”.

Paróquia Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Aglomerado da Serra: fiéis celebram canonização de Irmã Dulce

A Paróquia Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, formada por uma rede de comunidades de fé do Aglomerado da Serra, organiza programação especial para celebrar a canonização de Irmã Dulce, marcada para o próximo domingo, 13 de outubro. Das 10h às 19h, fiéis da comunidade vão se reunir para participar de momentos de oração e apresentações musicais. Às 18h, o bispo auxiliar dom Geovane Luís da Silva celebra Missa, concluindo o Dia Festivo.

A Paróquia Bem Aventurada Dulce dos Pobres é a única do estado de Minas Gerais que tem a Irmã Dulce como Padroeira. Criada em 2012 pelo arcebispo dom Walmor,  a Paróquia dedica-se à evangelização de todo o Aglomerado da Serra.  A Festa pela canonização de Irmã Dulce será na Escola Municipal Senador Levindo Coelho – Rua Caraça, 910, bairro Serra. A entrada é gratuita.

Canonização de Irmã Dulce

No contexto do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, o Papa Francisco preside a cerimônia de canonização de Ir. Dulce, em Roma, no domingo, dia 13, às 10h – horário de Roma. No Brasil, em razão do fuso horário, a celebração ocorre às 5h. Após a celebração, a Igreja passa a reconhecê-la como Santa Dulce dos Pobres.

Vida dedicada aos pobres

Irmã Dulce nasceu em 1914. Seu nome de batismo: Maria Rita de Souza Brito Lopes PontesEm 1933, ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). No mesmo ano, recebe o hábito e adota, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce. Dois anos depois, intensifica seus trabalhos de amparo aos pobres, já na Bahia. Irmã Dulce tornou-se reconhecida por trabalho dedicado aos enfermos que vivem nas ruas. A religiosa morreu aos 77 anos, no dia 13 de março de 1992.

 



Novidades do Instagram
Últimos Posts
Siga-nos no Instagram
Ícone Arquidiocese de BH