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A dinâmica do encontro (1) – Viver o amor fundamental de Deus

Nosso coração arde quando ele nos fala (Lc 24,32).

Neste encontro, vamos refletir um pouco como podemos trabalhar, utilizando uma metodologia que possibilite a melhor compreensão possível aos participantes do encontro, de acordo com as diversas faixas etárias.

Conduzir a catequese conforme as idades dos catequizandos é uma exigência essencial para a comunidade cristã. Devem ser considerados tanto os aspectos antropológico e psicológico como o teológico, de cada estágio de vida da pessoa. É necessário integrar as diversas etapas do caminho de fé. Esta integração possibilita uma catequese que ajude cada um a crescer na fé, à medida que vai crescendo em outras dimensões da sua maturidade humana e vai surgindo novos questionamentos existenciais (DNC n. 180).

Vale acreditar sempre que Deus se manifesta aos homens, às mulheres: adultos, jovens e crianças e quer fazer do encontro um pacto de amor e fidelidade. Deus nos fala desejando nos tornar participantes de seu amor, de sua natureza divina.

Os encontros de catequese devem acontecer de forma lúdica, com leveza, clareza, utilizando-se de uma linguagem simples e de fácil compreensão. Cada bate-papo, dinâmica e vivências têm como objetivo ajudar as pessoas na busca de conhecimento de si mesmo e dos outros, bem como apreender bem a mensagem emitida, e ir crescendo na sua experiência de vida e fé.

Como Jesus anunciava o Reino de Deus

Jesus, ao anunciar o Reino de Deus, como Boa notícia, ele falava da verdade, da liberdade, do amor e da justiça. Falava de um jeito simples, narrava suas histórias em forma de parábolas, fazia comparações, gestos e isto ajudava o povo a entender o que Jesus estava ensinando.  Desse jeito, a Palavra de Deus, que é a mesma para todos, chega ás várias pessoas de cada idade de uma maneia diferente, respeitando as formas de cada uma receber a mensagem.  O amor é a alma dos relacionamentos humanos. No desenvolvimento da vida, uma pessoa passa por vários estágios de trocas afetivas. Assim, também, a pedagogia da fé precisa atender às diversas necessidades e adaptar a mensagem e a linguagem cristã às diferentes situações e idades dos interlocutores. Vejamos:

Como falar do amor para os pequenos

A criança com idades entre 7 a 8 anos gosta de brincar, contemplar, de admirar, de realizar gestos com expressão corporal. Para estas crianças Deus é grande, bom. É o Deus da criação. Elas irão entender o amor a partir de gestos de bondade, do cuidado, da delicadeza, através da beleza da natureza.  A catequista necessita estar atento ás relações familiar, aos bons exemplos, pois as crianças precisam sempre de um adulto responsável à sua volta. Elas se envolvem totalmente e tem o grande dom da confiança.

Para o encontro com as crianças levem: revistas, figuras de pessoas alegres, crianças brincando, orando, figuras de família reunida, figuras de natureza. Também, levar figuras que revelam o contrário. Procurar observar quais tipos de escolhas as crianças fazem. Pedir a elas para escolher as figuras de que mais gostam e depois partilhar a escolha. Essas escolhas ajudam ao catequista fazer uma boa leitura da realidade na qual a criança se encontra e assim ajudar de acordo com a realidade de cada uma.

Para as crianças com idade de 9 a 10 anos, quando a maioria delas já sabe ler, já tem condições de entender o amor na família e com os irmãos, distinguir a prática de atitudes boas das más, pode-se falar do amor a Deus e ao irmão assim como Jesus apresenta nos Evangelhos. Trabalhar o grande Mandamento (cf. Lc. 10, 25-28). Trata-se de um amor que ensina, que desperta seus instintos, que promove relações, que impulsionam as pessoas para a busca de novos caminhos. Ajuda-los a conhecerem Jesus através das passagens bíblicas em que Ele valoriza as crianças e demonstra seu amor, cuidado e carinho.

Pensar sempre nas propostas de vivências para os encontros. Não só vivências no sentido de ajudar o grupo a quebrar o gelo, ou seja, entrosar-se bem, mas para ajudar os participantes a sair de seu individualismo, egoísmo e abrir-se ao outro, compreendendo que cada um é um ser em relação chamado a viverem juntos e partilhar a vida.

A experiência do fazer é que transforma as informações repassadas a elas.

 

Neuza Silveira de Souza
Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano
Bíblico-Catequético de Belo Horizonte

 

 



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