Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo (1924 – 2019)

Luciana da Silva Araújo – Historiadora/

Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte

Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo. Acervo Iconográfico, AABH

Serafim Fernandes de Araújo, natural da cidade de Minas Novas (MG), nasceu no dia 13 de agosto de 1924, primogênito de 16 filhos de José Fernandes de Araújo e Gabriela Leite Araújo. Na infância residiu com os seus familiares na cidade de Itamarandiba (MG) e por um tempo morou com seus padrinhos de batismo, Alcina Fernandes de Araújo (tia Cininha) e João Leite Otoni (Juquinha). De seus pais e padrinhos recebeu incentivo para trilhar os caminhos da fé católica.

Em Itamarandiba, ele e seus demais irmãos cursaram o ensino primário no Grupo Escolar Coronel Jonas Câmara. Aos 12 anos, Serafim teve a oportunidade de ingressar no Seminário de Diamantina. A chance de estudar no educandário religioso ocorreu quando Dom Serafim Gomes Jardim, Arcebispo de Diamantina, estava em visita pastoral na cidade de Itamarandiba. Durante a confissão das crianças na Igreja de São João Batista, o Padre José André Coimbra, auxiliar do arcebispo, perguntou ao jovem se ele tinha vontade de se tornar Padre. Na ocasião, Serafim logo expressou ao reverendo o seu interesse em seguir a vida religiosa.

Compreendendo a vocação do filho para as obras sagradas, o pai de Serafim o matriculou no Seminário Arquidiocesano de Diamantina. No ano de 1936, ele passa a estudar no Seminário Menor, onde cursou disciplinas voltadas para Humanidade, Filosofia e Teologia.

Em 1945, aos 21 anos, o seminarista foi selecionado para estudar no Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Na instituição ele completou sua formação em Teologia e teve a oportunidade de se dedicar aos estudos sobre o Direito Canônico, Ação Católica e Catequese.

Na Europa ele permaneceu por seis anos, recebendo em 22 de março de 1947 a tonsura clerical e em 26 de outubro as ordens menores. No ano de 1948 é feito subdiácono e depois diácono. Sua ordenação sacerdotal se deu em 12 de março de 1949 na Igreja Primeira de Roma, na Basílica de São João de Latrão. Neste período iniciou o mestrado na Universidade Gregoriana, tendo sua linha de estudo direcionada à Ação Católica Italiana.

No exterior, Padre Serafim chegou a conhecer o Papa Pio XII. Na ocasião, ele era diretor de alunos do Colégio Pio Brasileiro. Cursava o mestrado na Universidade Gregoriana, quando foi designado promotor do “Ramalhete Espiritual”, que consiste em uma série de práticas espirituais como, por exemplo, missas, orações, terços e penitências. As homenagens foram organizadas entre os colégios como forma de presentear o Santo Padre pelos seus 50 anos de sacerdócio.

Padre Serafim retornou ao Brasil em 1951, e sua missão presbiteral iniciou-se na região do Vale do Jequitinhonha. No dia 17 de setembro, em Itamarandiba, ele celebrou a sua primeira missa. Tempo depois, foi convidado por Dom João de Souza Lima, Bispo Auxiliar de Diamantina, para acompanhá-lo em uma pregação no retiro para as Filhas de Maria, na cidade de Gouveia (MG). Posteriormente à visita, o jovem Padre foi nomeado presbítero auxiliar do Padre José Machado na paróquia de Santo Antônio, na mesma cidade.

Por três anos ele foi Padre auxiliar em Gouveia, dividindo esta função com outras atividades na cidade de Diamantina. Durante a semana lecionava Direito Canônico no Seminário Provincial e ensino religioso na Escola Normal. Exercia o cargo de diretor de catequese na Arquidiocese e, para além dessas ações, apoiava os movimentos da Ação Católica, Juventude Católica, Juventude Feminina e Juventude Operária.

Em 1954, tornou-se pároco titular da Igreja de Santo Antônio, devido à morte do Padre José Machado. Em seguida, Padre Serafim foi nomeado Capelão Militar do 3º Batalhão da Polícia Militar de Diamantina, onde morava.  Aos finais de semana se dedicava ao serviço pastoral em Gouveia e às quintas-feiras dirigia-se ao quartel, em que ensinava Catequese para os militares. Prosseguiu como Professor no Seminário e na Escola Normal até que, em 1957, ele foi transferido para Curvelo, cidade situada na região central de Minas Gerais. Na Matriz de Santo Antônio em Curvelo, o Padre substituiu o antigo pároco José Maria Pires que havia sido nomeado Bispo de Araçuaí (MG). No município ele também exerceu o magistério e foi professor no Colégio Padre Curvelo, no Instituto Santo Antônio e na Escola Normal.

Em 1959, aos 34 anos, considerado o bispo mais jovem do país, foi nomeado Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, pelo Papa João XXIII. Recebeu a ordenação episcopal pelas mãos de Dom José Newton de Almeida Batista; como co-sagrantes, Dom José Maria Pires e Dom João Resende Costa. A cerimônia foi realizada no dia 07 de maio em Diamantina.

A trajetória de Dom Serafim Fernandes de Araújo como Bispo Auxiliar na Arquidiocese de Belo Horizonte coincide com o governo de Dom João Resende Costa. Logo após a sua posse como Arcebispo Coadjutor, Dom João solicitou um bispo auxiliar a Santa Sé, para que pudesse assumir a reitoria da recém-criada Universidade Católica de Minas Gerais e auxiliá-lo nas demais atividades pastorais do bispado.  Desta forma, o Sumo Pontífice designou o jovem sacerdote ao posto de Auxiliar na Arquidiocese.

Ordenação Episcopal de Dom Serafim Fernandes de Araújo, 1959. Acervo Iconográfico, AABH

Dom Serafim Fernandes de Araújo e a Arquidiocese de Belo Horizonte

Em março de 1959, Dom Serafim transferiu-se para a capital mineira como Auxiliar de Dom João Resende Costa. Em cerimônia realizada na Catedral da Boa Viagem, ele foi recebido no bispado. A celebração contou com a participação de autoridades públicas, do clero e dos fiéis.

Dom Serafim foi Bispo Auxiliar na Arquidiocese durante 23 anos. Ao longo deste período, ele dedicou-se aos cargos de vigário-geral, administrador e diretor de Ensino Religioso da Arquidiocese, bem como professor de Cultura Religiosa da Universidade Católica de Minas Gerais.  Em fevereiro de 1960, tornou-se o segundo reitor da Universidade Católica – UCMG, atual PUC Minas, sucedendo o Padre José Lourenço da Costa Aguiar. No decorrer de 21 anos que esteve na reitoria, ele apoiou e incentivou diversas ações que culminaram na expansão e no aprimoramento do ensino proposto pela instituição.

Ainda nos anos 60, Dom Serafim e Dom João Resende Costa participaram das quatro sessões do Concílio Vaticano II, inaugurado pelo Papa João XXIII em 11 de novembro de 1962 e concluído pelo Papa Paulo VI no dia 07 de dezembro de 1965. Após o encontro conciliar, o Bispo Auxiliar e o Arcebispo Coadjutor promoveram as práticas e as determinações do Concílio na Arquidiocese de Belo Horizonte.

Visita Pastoral a Matriz de Santa Luzia – Dom Serafim Fernandes de Araújo. s/d . Acervo Iconográfico, AABH

Reunião. Reitor UCMG – Dom Serafim Fernandes de Araújo. 1981. Acervo Iconográfico, AABH

Devido à trajetória como educador e reitor da UCMG, participou em 1964 do II Seminário de Alta Educação, na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos. Nos anos de 1970 e 1974, realizou viagens de estudos na Alemanha Ocidental e Estados Unidos. Nestas missões visitou várias universidades. Já em 1972, Dom Serafim participou do Congresso Mundial da Universidade Católica, sediado em Roma. O Bispo foi nomeado integrante do Conselho Federal de Educação, por oito anos, atuando como presidente e conselheiro da Câmara de Ensino Superior, sendo um dos membros do conselho que mais relatou os processos de universidade, escolas e cursos.

Dom Serafim, ainda como reitor da UCMG e comprometido com as obras educacionais, participou da criação de duas instituições, a saber: a Fundação Dom Cabral[1],  criada em 1976,  organização que surgiu com a expansão dos Centros de Extensão da Universidade. E a Fundação José Fernandes de Araújo[2], no início dos anos 80, entidade que concedia bolsas de estudos para os alunos mais necessitados.

Além das inúmeras benfeitorias exercidas pelo Bispo no campo da educação, ele deixou em evidência o seu interesse pelos meios de comunicação, como um recurso possível para evangelização e divulgação da fé católica. Desta forma trabalhou para consolidar a modernização dos meios de comunicação da Arquidiocese, e seus esforços vêm desde a época em que ocupava o cargo de Auxiliar. Na década de 1970 o governo diocesano adquiriu a emissora Rádio América – AM 750, ele e o Arcebispo Dom João Resende Costa foram os responsáveis por moldar as diretrizes da emissora. Dom Serafim também foi responsável pela criação do programa bíblico televisivo denominado “A Palavra de Deus”[3].

Celebração Missa da Unidade – Dom Serafim Fernandes de Araújo. s/d . Acervo Iconográfico, AABH

Na década de 1980, houve o investimento no periódico semanal o “Jornal de Opinião”, que deu continuidade ao “Lar Católico”, adquirido pelo governo arquidiocesano da Congregação do Verbo Divino. Em 1998, na qualidade de Arcebispo, articulou meios para incorporar a TV Horizonte[4] à Fundação Cultural João Paulo II[5]. Finalizado o processo de integração, a TV Horizonte iniciou suas atividades no segundo semestre do mesmo ano.

Seguindo este caminho de divulgação e promoção da fé católica, o bispo, inspirado nos grandes eventos esportivos, lança a Torcida de Deus[6]. Segundo seus escritos biográficos, a ideia surgiu após Dom Serafim assistir às Olimpíadas de Munique, em 1972. A primeira Torcida de Deus aconteceu no ano 1975 e ao longo do tempo tornou-se uma celebração tradicional na Arquidiocese de Belo Horizonte. Outra iniciativa promovida pelo Arcebispo foi  A Missa da Unidade[7], cerimônia realizada na Quinta-feira Santa no Ginásio do Mineirinho. Em 22 de novembro de 1982 é nomeado arcebispo coadjutor, com direito à sucessão. Com a aceitação do pedido de renúncia de Dom João, pois havia completado 75 anos, no dia 05 de fevereiro de 1986 tornou-se o terceiro Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte.

A gestão pastoral de Dom Serafim Fernandes de Araújo foi marcada pela recepção e amadurecimento das exortações estabelecidas no Concílio Vaticano II. Por este motivo a Arquidiocese de Belo Horizonte foi reestruturada à luz do Evangelho, buscando responder aos desafios de evangelizar num mundo que apresenta diversas mudanças no âmbito social, cultural, econômico e político.

Diante das várias responsabilidades atribuídas, o novo governante assumiu o propósito de conhecer a fundo a realidade da Arquidiocese. Com esse intuito visitou as paróquias, as comunidades religiosas masculinas e femininas, as organizações leigas e também realizou reuniões com o clero. Esteve presente em inúmeras celebrações populares, criou 98 paróquias.

Após assumir o governo, em 1987, o Arcebispo participou do Sínodo para os Leigos, em Roma. Voltando do evento, decidiu criar um curso de teologia direcionado para os leigos na Arquidiocese. Foi assim que em 1989, inaugurou-se o Centro de Formação de Agentes de Pastoral (CEFAP). O CEFAP foi uma ação pioneira na Diocese, cujo objetivo era capacitar pessoas leigas para a reflexão e melhor compreensão da ação pastoral evangelizadora. Ainda no mesmo ano, o Bispo foi nomeado pelo Santo Padre João Paulo II, membro da Pontifícia Comissão para a América Latina[8].

Diante dos desafios e mudanças culturais inerentes ao desenvolvimento da sociedade moderna, a Igreja de Belo Horizonte sempre compreendendo o tempo de sua época e como uma instituição inserida neste amálgama das relações humanas, buscou novos rumos para renovar as estruturas de evangelização. Neste sentido, o Arcebispo, ciente da realidade social propôs à Assembleia do Clero da Arquidiocese de 1990 o Projeto de Evangelização Construir a Esperança[9]. Este projeto transformou-se em um modelo pastoral para diversas dioceses brasileiras, e sua aplicação e divulgação ocorreu com a aprovação e chancela da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em 1996, a coordenação do Projeto Pastoral Construir a Esperança (PPCE) sugere em reunião a realização de uma assembleia com ampla participação da população da Arquidiocese de Belo Horizonte. A proposta foi levada à Assembleia Geral do Clero, reunida em 22 de fevereiro de 1996, que acolheu a sugestão. Com a aceitação ampla da proposta, Dom Serafim convocou a 1ª Assembleia do Povo de Deus (I APD) da Arquidiocese de Belo Horizonte. O evento foi realizado em outubro de 1996. A I APD foi o resultado das diversas ações empregadas em prol da evangelização alinhadas com o projeto Construir a Esperança. A 2ª Assembleia do Povo de Deus foi realizada no ano de 2003, já no final de seu governo. As APDs se tornaram caminhos possíveis na Arquidiocese como rumo a uma nova compreensão de si mesma e das mudanças necessárias para que ela cumpra melhor a sua missão no contexto da grande metrópole. [10]

Para além das atividades desenvolvidas na Arquidiocese, na década de 1990, o Arcebispo foi responsável pelo setor de Comunicação Social da CNBB, fez parte do Departamento de Comunicação Social do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Em 1991 ocupou o cargo de vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), após ser presidente da Regional Leste II da CNBB. Participou como copresidente da IV Conferência Geral do Episcopado da América Latina em Santo Domingo, em 1992.

No ano de 1995, Dom Serafim organizou na Diocese o V Congresso Missionário Latino-Americano (V COMLA)[11]. Em 1997 foi eleito delegado da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América. No mês de janeiro de 1998 foi feito cardeal pelo papa João Paulo II, e recebeu pelas mãos do Sumo Pontífice a investidura cardinalícia nos dias 21 e 22 de fevereiro no mesmo ano, em cerimônia no Vaticano.

O Cardeal Serafim Fernandes de Araújo apresentou ao Santo Padre o seu pedido de renúncia, segundo as normas do direito canônico. Em 2004, o Papa João Paulo II aceitou a sua renúncia ao cargo de Arcebispo. A partir daí tornou-se Arcebispo Emérito – aquele que teve sua carta de renúncia aceita – da capital mineira. Ele foi sucedido por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, que na época era Bispo Auxiliar de São Salvador da Bahia.

A trajetória episcopal de Dom Serafim foi consagrada a serviço da Igreja de Belo Horizonte. Nesta Arquidiocese ele deixou suas marcas, feitos observados no campo da educação, da comunicação, da assistência social, dentre outros. Durante quatro décadas o bispo se dispôs às mais diversas ações sempre em comunhão com o Evangelho. Em outubro de 2019 o Cardeal faleceu aos 95 anos, sendo sepultado na cripta da então Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem.

 

Referências Bibliográficas:

 ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE. Dom Serafim Fernandes de Araújo. Fotografias. Caixa 01 – 07. Sala 13.

ARQUIVO ONLINE ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE. Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo – Arcebispo Emérito.  Disponível em : <https://arquidiocesebh.org.br/arquidiocese/organizacao/governo/cardeal-serafim-fernandes-de-araujo-arcebispo-emerito/>. Acesso em: 13 de jan. 2021.

ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA. História da Paróquia de Santo Antônio/Gouveia. Disponível em: < https://arquidiamantina.org/home/2020/05/21/historia-da-paroquia-santo-antonio-em-gouveia/> Acesso em 20 abr.2021.

BOSCHI, Caio César. OSA, Luiz Antônio (Coord.). A Arquidiocese de Belo Horizonte e as instituições vinculadas. Belo Horizonte. Ed. PUC Minas, 2019.

BOSCHI, Caio César. OSA, Luiz Antônio (Coord.). A Arquidiocese de Belo Horizonte e a evangelização. Vol.2. Belo Horizonte. Ed. PUC Minas, 2014.

DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO – DHBB: ARAUJO, Serafim Fernandes de. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, 1959 – 2004. Disponível em: < http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/serafim-fernandes-de-araujo> Acesso em: 04 mar. 2021.

FRANCO, Eduardo. CRUZ, Gabriela. QUEIROZ, Vânia. Dom Serafim Fernandes de Araújo: na palma da mão de Deus. Belo Horizonte. Letra A Comunicações. 2009.

FUNDAÇÃO JOSÉ FERNANDES DE ARAÚJO. Dom Serafim. Disponível em: <http://fjfa.org.br/pt/dom-serafim/.> Acesso em: 13 jan. 2021.

GOMES, Edson. Rede Catedral de Comunicação. In: BOSCHI, Caio César. OSA, Luiz Antônio (Coord.). A Arquidiocese de Belo Horizonte e as instituições vinculadas. Belo Horizonte. Ed. PUC Minas, 2019. p. 327 – 363.

LIBANIO. João. Batista. Projeto pastoral “Construir a Esperança”. Perspectiva Teológica, vol 24. 1992. Disponível em < file:///C:/Users/806624/Downloads/1508-Texto%20do%20artigo-5525-3-10-20141218.PDF> Acesso em 17 mai. 2021.

O CARDEAL do coração do povo. Revista ecológico. 19 de nov. de 2019. Disponível em: < http://revistaecologico.com.br/revista/edicoes-anteriores/edicao-120/o-cardeal-do-coracao-do-povo/>. Acesso em: 13 jan. 2021.

VATICAN. BOLLETTINO SALA STAMPA DELLA SANTA SEDE. Rinuncia Dell´Arcivescovo Metropolita Di Belo Horizonte (Brasile). Disponível em: < https://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2004/01/28/0044/00147.html#RINUNCIA%20DELL%E2%80%99ARCIVESCOVO%20METROPOLITA%20DI%20BELO%20HORIZONTE%20(BRASILE)%20E%20NOMINA%20DEL%20SUCCESSORE> Acesso em: 03 mai. 2021.

 

[1]“ Em agosto de 1976, o Centro de Extensão, onde, dentre outras ações, vinham sendo mantidas atividades e cursos voltados para a modernização gerencial de empresas, foi desmembrado, com a formação da Fundação Dom Cabral. ” (BOSCHI, 2019, p. 86)

[2] A Fundação José Fernandes de Araújo foi instituída no dia 18 de junho de 1980, a denominação da instituição foi uma homenagem que o Arcebispo fez para o seu pai.

[3] O programa “A Palavra de Deus”, começou a ser transmitido aos domingos pela emissora de TV Itacolomi. Posteriormente passou a ser transmitida pela Rádio América até 31 de dezembro de 2014.

[4] “O Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo, sempre envolvido com a aquisição de todas as mídias da Arquidiocese de Belo Horizonte, articulou junto à Trianon Sistema de Comunicação Ltda a incorporação da TV Horizonte, pela Fundação Cultural João Paulo II, através de doações da mesma, sob a chancela da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, (…) ” (GOMES, 2019, p. 341,342)

[5] A Fundação Cultural João Paulo II foi inaugurada em 29 de junho de 1982, mantenedora da Rede Catedral de Comunicação. No ano de 2012 os serviços de carácter cultural e educacional da Fundação foram transferidos para a Sociedade Mineira de Cultura.

[6] Tradicionalmente, a celebração reuniu milhares de pessoas e fiéis no Mineirão para testemunharem a fé católica no Santíssimo Sacramento.

[7] A Missa da Unidade é “um sinal da vitalidade da nossa Igreja. É o momento máximo da nossa Arquidiocese, quando Arcebispo, clero, religiosas (os) e povo de Deus celebram, em unidade a Eucaristia” (FRANCO,2009, p. 143)

[8] A Cúria Romana. Pontifícia Comissão para a América Latina. Disponível em: < https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cbishops/pcal/documents/rc_cbishops_pcal_20150624_profilo_it.html> Acesso em: 10 mai 2021.

[9] Homilia/mensagem que foi lida em todas as igrejas da Arquidiocese no dia 19 de agosto de 1990, Festa da Assunção de Maria Santíssima e da Padroeira de Belo Horizonte, Nossa Senhora da Boa Viagem. D.  Serafim Fernandes de Araújo convocou   “os católicos e todas as pessoas de boa vontade para compreenderem melhor os desafios do presente, as aspirações das pessoas e comunidades e assim participarem mais ativamente da construção de uma nova sociedade, à luz de Cristo”.  Continuando, disse: “Sintetizamos tudo isso num projeto pastoral que se expressará pelo lema:  ‘Construir a Esperança”’. (LIBANIO, 1992, p. 77)

[10] Texto-Base da 2ª Assembleia do Povo de Deus, 2003, p. 11-12.

[11] O V Congresso Missionário Latino-Americano foi promovido na capital mineira entre os dias 18 a 23 de julho de 1995, sobre o tema: O Evangelho nas Culturas. Caminho de Vida e de Esperança