Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
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Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
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Vulnerabilidade e graça

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Entre um ano que termina e outro que começa, a braços com o tempo que corre fora e dentro de nós, e sentindo-nos talvez de maneira mais sensível modelados por aquele invisível oleiro que é o tempo, damo-nos conta de que a nossa é uma vida exposta.

É impossível não detetar os sinais do tempo em nós: linhas de fragilidade, sombras, sobressaltos, erosões, áreas mais desvitalizadas, insuficiências. A unidade interior é um trabalho imenso. Assemelha-se à tela que Penélope tecia de dia para a desfazer à noite, na sua espera quase desesperada. Mas não podemos desistir de construir esta unidade do ser. Só o que amamos até ao extremo do amor não nos será tirado.

Dizer, por exemplo, que a vida é marcada pela vulnerabilidade, significa reconhecer quanto ela está exposta á possibilidade de ser ferida. “Vulnus” é o correspondente termo latino e, como já anotava Virgílio, mas não alude unicamente ao que nos fere a pele, mas “vivit sub pectre vulnus”: a ferida que sangra oculta no coração. A vulnerabilidade é um facto total.

Todavia, descobriremos que é por seu intermédio que nos chega também aquilo que nos redime. Só a vulnerabilidade nos eleva, como numa dança, à altitude do infinito, onde a gravidade é vencida pela graça.

 

José Tolentino Mendonça | iMissio

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