Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h
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A recomendação ao silêncio, ainda que em medida diversa, é parte constitutiva de grande parte de nossas tradições místicas, não importa se ocidentais ou orientais. E se trata de algo compreensível na medida em que a mística lida com um tipo de experiência que, não raras vezes, excede as possibilidades da linguagem e avança em direção a territórios cuja nomeação é sempre precária. E não se trata apenas do campo da mística. Mesmo no cotidiano, horas há que é o silêncio que nos dá acesso ao significado em jogo.  Mas como nos assuntos humanos é sempre desejável a prudência, o recurso ao silêncio não deve nos levar à recusa da palavra.

Pode ser que nos ajude uma distinção entre silêncio e silenciamento. Silêncio é reverência diante do mistério, diante do fundo irredutível do real, silenciamento é ocultação, mascaramento, daquilo que pode e tem como ser conhecido e decifrado. Ao capitular diante do que poderia ser conhecido, do que cabe a nós compreender, estreitamos nossa existência. Recusando o exercício da linguagem, permanecemos reféns de nossas primeiras inclinações, sujeitados ao que (e a quem) nos rodeia. A linguagem é o que possibilita ir além do que é imediato e desvendar o que se oculta a um primeiro olhar, ao apetite errático dos nossos interesses.

Faltando a nós, seja como indivíduos, seja como sociedade, esse apreço pela linguagem e por sua capacidade de desvelar o que um primeiro olhar costuma ocultar, é todo um mundo de experiências que, apesar de serem contundentemente reais, permanecerá oculto e, à nossa revelia, incidirá sobre nós.

Portanto, são tempos distintos, ambos com valor, o tempo do silêncio e o tempo da palavra.

Ricardo Fenati
Equipe do Centro Loyola

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