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O tabuleiro de xadrez

Pixabay

«O tabuleiro de xadrez é o mundo, os xadrezistas são os fenômenos do universo, as regras do jogo são aquelas que nós chamamos “leis naturais”. O jogador do outro lado do tabuleiro é invisível. Sabemos, porém, que o seu jogo é sempre honesto, leal e paciente. Mas também sabemos, às nossas custas, que nunca perdoa um erro nem faz a mais pequena concessão à ignorância.»

Ao ler estas linhas, um teólogo teria talvez não pouco a objetar. Mas tudo somado, esta representação da história não está privada de uma sua verdade e de um seu fascínio. Quem a propôs foi um cientista, um biólogo do séc. XIX, Thomas Henry Huxley, num ensaio intitulado “Uma educação liberal”.

Não sei jogar xadrez, mas tenho de confessar que fico sempre fascinado pelos xadrezistas, com os seus ritos, os ritmos lentos, as estratégias exasperantes, os resultados fulminantes. Da parábola proposta gostaria de extrair pelo menos três considerações.

No universo há regras: a ciência decifra-as, por vezes arduamente, e quando não as descobre, não é dito que elas não existem. O recurso ao acaso e ao caos parece ser uma simplificação renunciatória.

Isto deve valer também para aquela criatura particular que é o ser humano, marcado por uma sua «lei natural». O jogador invisível – continua Huxley – é «honesto, leal e paciente», e isto é verdade, mas seria preciso dizer igualmente que o seu jogo é por vezes misterioso.

A transcendência de Deus – como ensina Job – não é redutível a um esquema como aquele de um jogo, mesmo que criativo, como é o xadrez. Sim, Ele denuncia os nossos erros ou a ignorância, mas não é implacável como deve ser um árbitro de um jogo, porque conhece o perdão e concede a possibilidade de novas partidas até ao fim.

P. (Card.) Gianfranco Ravasi
In Avvenire
Trad.: Rui Jorge Martins

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