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O mal encontra no disfarce, na surpresa e na mentira as suas armas mais fortes e eficazes. Os piores males são os que sabem parecer ser o que não são. As suas vítimas são capturadas logo depois de se deslumbrarem por um qualquer belo e calmo cenário, desenhado pelo mal para se ocultar.
Quantas vezes aquilo a que alguns chamam injustiça, mais não é senão um disparate de quem já devia ter aprendido que as coisas, tal como as pessoas, nunca são o que parecem, nem mesmo quando parecem ser o que são… A aparência e a essência são sempre realidades distintas.
O mal encontra sempre razões e pretextos, as palavras e as ideias tornam-se suas aliadas. O mal combate-se com o silêncio, as obras e o tempo. Só com paciência se pode alcançar o bem que se espera. É preciso sofrer, por vezes muito, antes de que na escuridão se faça luz.
Aqueles que praticam o bem são acusados de serem fracos e frágeis. Só porque são inocentes ao ponto de não cuidarem do seu próprio bem. Mas é a pureza e a determinação em não ceder às tentadoras seduções do que nos quer fazer menos do que somos, que nos permite que não sejamos escravizados… afinal, nenhum de nós foi criado para isso. Somos muito mais do que o mal de que somos capazes.
O mal que fazemos é sempre pior do que o mal que nos fazem, tal como o bem que fazemos é sempre melhor do que aquele que nos é feito!
Quando um de nós, reconhecendo-se como fraco, encara e faz frente ao mal… faz-se luz, e um pequeno brilho é quanto basta para que uma enorme escuridão seja vencida.
José Luís Nunes Martins
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