As pessoas ficavam admiradas com as palavras cheias de encanto que saíam da boca de Jesus. Ficavam fascinadas com seu modo novo, que trazia em si, uma força de vida. Palavras de
acolhida, sem preconceitos, sem julgamentos. Palavras que traziam o que de melhor tinha em cada pessoa. Seu jeito novo de chamar a Deus de Pai, e “Pai Nosso”. Não era ferino em suas palavras, nem pronunciava julgamentos, palavras ácidas…
Centrava-se em palavras que transformavam aqueles que estavam prontos para o novo. Palavras cheias de encanto, que quebravam os velhos paradigmas do Judaísmo de sua época.
Jesus não queria ser mais um judeu igual aos outros, por isso seus parentes não o acolheram, em nome de uma ortodoxia. Não entendendo a novidade de Jesus foram capazes de julgá-lo , expulsando-o da Sinagoga, querendo até matá-lo.
Hoje a Igreja não é mais detentora da verdade absoluta. Ela deve ser como Jesus, inovadora em sua missão, não mais de converter, no sentido de levar o outro a ser um católico cristão, mas de converter corações ao amor de Deus por todos, acolhendo as diferenças e enriquecendo o seu jeito de ser no contato dialogal, com as diferentes culturas e, por conseguinte, com as diversas religiões que elas abarcam. Assim seremos semelhantes a Jesus. Acolhedores, sem julgamentos prévios, seremos assim antes de toda humanidade.
Pe. Marco Antônio Gonçalves Porto
Vigário do Santuário de São Judas Tadeu
Assistente Eclesiástico da Pastoral dos Deficientes Visuais da Arquidiocesano de Belo Horizonte.