Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h
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Estamos entre espadas e paredes. Entre trilhos certos e tranquilos (de onde não se pode ver o Céu) e veredas com escolhos que, no final, nos brindarão com uma paisagem capaz de fazer esquecer qualquer caminho mais difícil.

Estamos entre ventos e marés. De um lado sopra o que já passou e não deixou de ser nosso. De outro, sopra um convite para o futuro. De um lado, o mar tem a cor transparente de sempre e, de outro, vislumbra-se um azul que assusta.

Estamos entre aterragens e voos. De um lado, acenam-nos os nossos confortos ferrugentos e, de outro, acena-nos um par de asas novinho em folha.

Estamos entre um virar-de-página e um deixar o marcador-de-livros-onde-sempre esteve. De um lado cativa-nos o cheiro a livro novo e, de outro, a certeza do livro que nos embala e adormece.

Estamos entre o velho e o novo. De um lado mora o ano que passou (e não nos deixa só porque se inaugurou outro calendário) e, de outro, o ano novidade que queremos impor com uma força que não é nossa.

Estamos entre o ganhar-balanço e o andar para trás. De um lado a vontade de fazer diferente e de escrever uma nova história. De outro, a vontade de reler as páginas antigas que nos trouxeram ao capítulo onde estamos agora.

Estamos entre a paz e a guerra. De um lado do nosso Céu, uma pomba branca está poisada a olhar para nós. De outro, uma pena esvoaçante que sobrou de uma luta sem vencedores.

Estamos aqui. Onde sempre estivemos. Ou estivemos aqui e ali e voltámos, agora, aos lugares de onde nunca saímos.

Estamos os mesmos mas queremos convencer-nos do contrário. E ainda bem. Somos filhos de uma esperança acesa que nos promete mudanças e rumos novos. Somos sombras de uma luz maior que nos acende bondades. Somos, também, muito teimosos e bastante míopes. Nem sempre queremos ver o muito que já nos foi dado.

Ainda vamos a tempo de querer ver. De procurar. De ir atrás. De guardar as espadas de guerras antigas. De abraçar a mochila que a vida nos deu para levar.

Ainda vamos a tempo de querer tudo.

Ainda vais a tempo de querer o que for para ti.

Então, ficas ou voas?

 

Marta Arrais
iMissio

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