Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h

À primeira vista, a discórdia está hoje mais espalhada do que nunca. Vivemos em sociedades mais e mais complexas, o que traz como consequência inevitável a diversidade de comportamentos, a multiplicidade de pontos de vista e a afirmação generalizada dos direitos. Tudo isto, sem dúvida, é mais que louvável, já que garante a expressão de vozes às quais um silêncio penoso sempre foi imposto. Entretanto, se observarmos mais de perto, o espetáculo das diferenças, com freqüência, não vai muito longe, contenta-se apenas em garantir a satisfação das demandas  próprias de cada grupo.

Curiosamente, esta proliferação das diferenças não dá lugar a quaisquer disputas de mais longo alcance e nem a posições que não se reduzam ao nosso interesse mais imediato. Permanecendo circunscritos ao nosso espaço privado ou do grupo a que pertencemos, perdemos a oportunidade de nos aproximarmos das questões que dizem respeito à humanidade como um todo, cujas respostas desenham as sociedades e indicam as balizas no interior das quais as civilizações se desenvolvem.

Trazidas à luz e cultivadas, estas grandes questões geram a discórdia proveitosa, na medida em que nos lançam no espaço público, em meio a combates nos quais está em jogo o que há de mais precioso na existência humana. Aqui a efetiva discórdia mostra todo o seu valor: discordamos não mais em nome do que nos singulariza enquanto indivíduo ou grupo, mas em nome do que, imaginamos, todos partilham. Os tempos atuais são difíceis: discordamos exaltadamente sobre a proibição das sacolas plásticas nos supermercados, mas guardamos um silêncio embrutecedor sobre o que torna feliz a existência humana. Optando pela discórdia que nos afasta, evitamos a discórdia que nos aproximaria.

 Ricardo Fenati
Centro Loyola

 

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